domingo, 9 de outubro de 2011

Igreja Reformada Sempre Reformando - A Fidelidade na Cruz - 09 de outubro de 2011


Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Com certeza ainda não nos debruçamos o suficiente para falar da Fidelidade de Deus. Às vezes, me parece que nós cristãos, afirmamos tanto que Deus é fiel, baseando-nos tão somente no fato de que Ele nos fez promessas e que Ele sempre as cumpre, assim, nisso baseado, dizermos: Ele é Fiel!
Mas, quando você para, para avaliar melhor as circunstâncias em que ocorre a Fidelidade de Deus, imediatamente, perceberá que o impressionante não é o fato de Deus cumprir as suas promessas, mas que Ele, as cumpre, mesmo quando nós não cumprimos o acordo pactual que Ele estabeleceu conosco. O profeta Ezequiel assim se referiu â fidelidade de Deus: “Mas, eu me lembrarei da aliança que fiz contigo nos dias da tua mocidade e estabelecerei contigo uma aliança eterna” (Ezequiel 16.60).  
Mas porque Deus mantém a sua palavra mesmo quando eu não mantenho a minha?  A única resposta possível começa com uma pergunta, a qual nos remete a uma das mais impressionantes verdades sobre Deus: “Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão (Miquéias 7.18)?”
As lições que essa pergunta trás são simples. Na verdade, primeiro devemos considerar que Deus é Deus e não é homem. Ou seja, estamos acostumados com o modo como o homem reage e até estranhamos a reação de Deus em ser fiel, mesmo quando somos infiéis. Mas, Ele é diferente de nós, por isso, é Deus.
A segunda lição é que há algo que Deus valoriza predominantemente no nosso relacionamento com Ele, que é o sacrifício de Jesus Cristo na Cruz. Deus, sempre nos olha, através da Cruz e, por isso, Ele sempre está pronto para perdoar. Ele é tardio em irar-se para com o seu povo, porque o seu povo se esconde atrás do sangue derramado na Cruz.
Alguns cristãos não sabem o que o sangue de Jesus, derramado na cruz significa e, por isso, não conseguem se ver livres da culpa. Então, não oram nem crescem espiritualmente. Sentem Deus sempre longe. Quando, na verdade, por causa de Jesus, Ele está sempre perto de nós e sempre nos amando.
Talvez você esteja vivendo sem essa certeza, e, por conta disso, há tristeza em você. Reforme a sua fé, precisamente ao lembrar-se da Cruz e deixar com que sua alma sinta-se protegida a seus pés (da Cruz). Deixe com que a Fidelidade de Deus em te guardar, se concentra não em você, mas no que Cristo fez por você. Sempre reforme sua vida, levando-a de volta à Cruz.

domingo, 2 de outubro de 2011

Igreja Reformada Sempre Reformando - A Compaixão - 02 de outubro de 2011


Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Uma das marcas da vida moderna é a individualização do homem. De alguma forma, estamos abertos para relacionamentos superficiais e passageiros, por isso, não é de se estranhar que até a família sofra com a degradação dos valores. O materialismo assumiu o controle das mentes humanas e, agora, tudo passa pelo cálculo do custo-benefício, até as amizades e ou o convívio com os irmãos de Fé.
Podemos chamar tudo isso de “modernidade” ou “pós-modernidade”, mas as Escrituras não contam estas coisas a partir da análise humana da evolução da História, ao contrário, a análise bíblica aponta para o final da História anunciado por Deus: o Dia do Juízo.
Quando os apóstolos começaram a anunciar a volta de Jesus Cristo, também anunciaram a deterioração dos valores mais básicos que deveriam seguir a humanidade. Paulo diz o seguinte: “Nos últimos dias ...os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes (...) desafeiçoados, implacáveis (...) cruéis, inimigos do bem ...antes amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2 Tm 3.1a4). A dura descrição do apóstolo, parece encontrar eco em nossos dias, como se ele tivesse convivido conosco. Como verdades tão antigas podem ser tão atuais? São atuais, porque o ser humano, em maior ou menor medida, sempre apresentou esse comportamento.
Podemos cometer erros semelhantes a esses, mesmo dentro do ambiente de fé no qual vivemos, se não nos dedicarmos a sempre reavaliar a nossa vida segundo o modelo que encontramos no próprio Deus. Esse foi o ensino que Deus havia deixado na profecia entregue através de Jonas.
O profeta tinha consciência de que Deus era misericordioso, Entretanto, preferia manter no seu coração o ressentimento contra o povo ninivita. Seu materialismo se manifestou no fato de ele amar uma planta mais que a multidão ninivita (Jonas 4.11).
A Igreja precisa ser um modelo de sincera compaixão, inspirada no próprio Deus. Nos tempos que precedem a vinda de Jesus precisamos de uma Igreja ativa e comprometida com o amor e a compaixão, tanto entre os irmãos de Fé como para com os de fora. Eis uma preocupação que deve estar na agenda daqueles que pretendem seguir o lema: Igreja Reformada Sempre Reformando.  Devemos aplicar a nós mesmos as advertências feitas a Jonas e conhecer a diferença entre plantas e pessoas.