sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um Inimigo Fez Isso - O Problema do Falso Ensino



Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Imagem colhida no site: "reflexão da vida: crescer juntos"
O ser humano foi criado por Deus com uma capacidade maravilhosa: pensar. A mente humana é complexa e, com certeza, a ciência ainda está longe de se aproximar dos detalhes do funcionamento desta maravilhosa estrutura que, vai muito além das descargas elétricas entre os neurônios.
O universo mental do homem é como um mundo incontrolável. A definição de mente é um desafio e sua exploração acaba por ser uma tarefa inglória.
Diversos textos bíblicos fazem uma ligação entre coração e mente. Propõem o coração como a sede da existência: “...guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv.4.23) e também propõe o coração como um local onde os pensamentos são construídos: “...a palavra de Deus é... Apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
Por isso, quando avaliamos a ideia de mente na Escritura, resvalaremos sempre no conceito de “coração”. Um dos ensinos bíblicos mais repetidos sobre o coração do homem é que ele é o lugar onde nos achegamos a Deus ou abrigamos a inimizade contra Deus.
Quando, em Mateus 13. 1 a 23,  lemos a Parábola do Semeador e a compreendemos como um alerta para que os crentes desenvolvam o seu coração, por meio da reflexão profunda nas verdades da Palavra de Deus, até alcançarem um nível de vida frutífero e próximo de Deus. Essa percepção nos faz considerar sobre o propósito da “Parábola do Joio”.
Dentre tantas lições que este texto nos oferece, uma se destaca: trata-se da afirmação, utilizada no título desta pastoral: “Um inimigo fez isso”. O joio é muito parecido com o trigo, mas não produz o fruto (grão) esperado. Quem são, na prática, aqueles representados pelo joio na parábola? Jesus diz que são os “filhos do maligno”, que estavam no meio do trigal. São pessoas que não guardaram o seu coração da contaminação do mundo.
Existem cristãos que não consideram a força do Maligno e de seus ensinos destruidores. Crentes imaturos que se deixam levar pelo agitar de vários ventos de doutrina. Jesus deixou um alerta e não podemos negligenciar a presença do falso ensino: “Um inimigo fez isso”.
Portanto, guarde muito bem o seu coração! Um crente verdadeiro fará o possível para conhecer melhor a sua fé e firmar o seu coração em Deus (Salmo 108.1; Isaías 26.3). 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Entendimento de Um Protestante Sobre a Quaresma


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno
Imagem colhida no
BLOG: vozdaigreja-img.blogspot.com.br
Historicamente, desde o século IV, o período de “quarenta dias” antecedentes à Páscoa, a quaresma, é indicado como um tempo de jejum e arrependimento que começa na conhecida “quarta-feira de cinzas”.
Católicos do mundo inteiro, guardam este tempo, como um dos mais especiais do ano para a sua demonstração de fé. E acredito que seja sempre muito oportuno, que todo cristão guarde um tempo para a santificação de sua vida.
Entretanto, aos poucos, o sentido da quaresma foi se tornando cada vez mais “sacramental” e passou a ser de uso litúrgico para o dia a dia dos cristãos católicos, levando-os à ideia de que seria pecado violar o jejum da quaresma. Uma ferramenta de devoção e entrega ao Senhor, passou a servir como instrumento humano de autojustiça, consequentemente, gerando um espírito de serviço obrigatório e sem amor.
Protestantes observam a quaresma? Não. Protestantes não guardam a quaresma no mesmo sentido que os católicos o fazem. Cremos que a salvação é pela graça e não por obras humanas. Devemos considerar que nenhum tempo de santificação, jejum e oração gerará qualquer mérito para que recebamos a misericórdia de Deus.
Mas, não obstante não guardarmos a quaresma desta forma sacramentalizada, seria importante que utilizássemos tempo da nossa vida para nos dedicar mais a refletir sobre nossa relação com a Cruz de Cristo.
Nenhuma disciplina quaresmal é capaz de nos fazer merecedores da Cruz de Cristo. A Cruz, sim, deve nos conduzir constantemente à oração, ao jejum, ao arrependimento etc.
Eu considero com muito apreço as datas importantes do cristianismo. A Páscoa, para mim, tem um significado muitíssimo especial, pois acredito ser a nossa principal referência. Em  consequência, admito que poderíamos nos preparar melhor para a sua chegada. Portanto, a quaresma para mim, é um tempo para a leitura da Palavra de Deus e os textos que prefiro neste período são aqueles relacionados com a morte e ressurreição de Jesus.
Da mesma forma, em nossas liturgias, estaremos fomentando a lembrança da Cruz de Cristo e do seu amor como maneira de levar a Igreja a se preparar para a chegada da Páscoa, tempo de gratidão máxima a Cristo, cujo sangue derramado nos purifica de todo o pecado.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Igreja, o Perfume do Amor de Cristo

Foto obtida no BLOG: http://somosanoiva.blogspot.com.br
Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Quando o apóstolo Paulo escreveu a segunda carta aos coríntios, já havia passado pela Ásia, chegado à Europa e plantado Igrejas em diversas cidades destas regiões.
Ele, depois de ter passado os primeiros anos das Igrejas por ali estabelecidas, começou a perceber que, lutas estavam acontecendo no seio das congregações. Em geral, e principalmente na Igreja de Corinto, disputas internas e perturbações estavam interferindo no progresso do Reino de Cristo. Então, ele passa a escrever cartas, exortando as Igreja a perseverarem firmes na fé.
As Igrejas, entre tantas coisas que precisavam discernir para não sucumbir às armadilhas do Diabo, tinham de conhecer exatamente qual era o seu papel neste mundo. E para o apóstolo Paulo era de fundamental importância que a Igreja soubesse que era através dela, Igreja, que o mundo conheceria como é viver no Reino de Cristo.
A Igreja é como uma janela do Reino, por meio da qual se pode contemplar o poder transformador do Evangelho e a incrível força do amor de Cristo Jesus. Quando a Igreja assume este papel e o vive com integridade, ela torna sua mensagem palpável. Sai da teoria para a prática.
Paulo nos diz o seguinte: “...Deus (...) Sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo”(2 Coríntios 2.14 e 15). É de grande necessidade que reflitamos sobre a importância de que exerçamos com fidelidade este papel, de manifestar ao mundo o Amor de Cristo.
É o modo como estamos dispostos a agir para que o fraco se fortaleça, o perdido seja encontrado, ou o que tiver pecado, seja restaurado à comunhão, que de fato nos levará à experiência de ser uma Igreja finada com o Reino de Cristo e uma perfeita janela a mostrar-lhe o valor.
Qualquer projeto de vida para o cristão bíblico deverá considerar seriamente a necessidade de fortalecer a capacidade de amar a Deus e ao próximo. Uma Igreja que deseja ser agradável a Deus deve esforçar-se para ter uma irmandade harmônica de preocupação e cuidado mútuo.
Não se engane. O mundo está de olho da Igreja e olha para você como cristão. Tome a decisão de qual perfume você exalará. Se for o de Cristo, isto exigirá de você autorrenúncia e amor à Igreja.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Estruturar, Educar e Evangelizar - Uma Igreja Comprometida


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

O Reino de Cristo não é apenas uma ideia, mas uma realidade. Esta realidade se torna visível no comprometimento dos filhos do reino, isto é, a igreja. Estes devem desenvolver os valores mais significativos da proposta redencional de Cristo.
A proposta redencional de Cristo é uma obra de constante restauração, por meio da qual, eu e você alcançamos a graça de ter o nosso coração completamente dominado por um amor profundo por Deus, que se expressa de forma clara no modo como amamos e servimos uns aos outros.
A Igreja Presbiteriana de Vila Formosa tem vivido este ideal redencional desde os primeiros dias de sua organização e até mesmo antes, quando ainda éramos uma congregação. Deus proveu, por meio da fé e do trabalho abnegado de muitos irmãos e irmãs, todas as condições para que nessa graça fôssemos plantados e crescêssemos. Assim nos tornamos o que somos hoje, uma igreja atuante e de grande potencial.
Mas, agora que chegamos até aqui e estamos com 54 anos de Igreja organizada, precisamos olhar adiante e enfrentar os desafios de um mundo que muda a uma velocidade assustadora e uma sociedade brasileira que segue distanciando-se dos valores que nós mais prezamos.
Nosso projeto até 2016 inclui a visão de que, como igreja, precisamos nos preparar para viver a vida cristã em plenitude da proposta redencional de Cristo, ainda que o mundo ao nosso redor caminhe na direção contrária. Para isto, precisamos nos preparar de maneira a tornar a nossa Igreja mais pronta a responder às demandas do mundo moderno, mantendo-se firme à nossa fé bíblica.
O triplo “E” (Estruturar, Educar e Evangelizar) resume as intenções do nosso plano de ação. Em poucas palavras, podemos afirmar que precisamos nos estruturar melhor para servir, conhecer mais a nossa fé para fazê-lo com fidelidade e expandir o reino, por meio de uma agenda de evangelização integral, que envolva a apresentação do Evangelho e o cuidado com o próximo.
Deus está chamando a nossa Igreja para se comprometer de forma mais completa com o Seu projeto pessoal de dar ao mundo uma amostra do Seu Reino. Fazer parte disto é algo bom para você como filho de Deus, para sua família e para toda a sociedade. Participe com comprometimento desta meta. Tudo para a glória de Deus!