De alguma maneira e em alguma medida, todos os seres humanos estão em busca de uma resposta sobre a coerência de sua própria existência. Todos esperam que ao final de tudo haja alguma justiça e que a confusa história da humanidade possua alguma explicação plausível.
Este sentimento de incômodo é parte de uma rica herança criacional, que Deus instilou na alma humana e que a pervade com uma inquietação na busca de sua própria eternidade: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3.11).
Este sentimento de incômodo é parte de uma rica herança criacional, que Deus instilou na alma humana e que a pervade com uma inquietação na busca de sua própria eternidade: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3.11).
A rebeldia apóstata do homem levou
muitos a uma atitude intelectual de negação da coerência criacional.
Materialistas céticos acreditam que os acontecimentos da vida não seguem nenhum propósito definido e negam
qualquer possibilidade coerência na história.
Essa
falta de esperança pode se tornar um fator altamente destrutivo para a alma
humana. Pois, se não existe justiça e coerência e a vida é somente um incerto
amanhã, existir é um ato fortemente deprimente e destituído de valor: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo,
separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não
tendo esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12).
O autor da Carta aos Hebreus, na
intenção de fortalecer a esperança e o entusiasmo dos que estão em Cristo,
apontou para o fato de que a vida cristã deve se nutrir da verdade de que Deus
garante a coerência e a justiça da nossa
existência, mesmo que durante o trajeto da vida, tenhamos de enfrentar momentos
difíceis: “Porque
Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que
envidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos”
(Hb 6.10).
Olhar
para o futuro com esperança é marca distintiva do cristianismo bíblico (Hb
11.11-16). Tal esperança é construída na certeza de que Deus está dirigindo a
nossa vida pelo melhor caminho possível, sem erros e ou imprevistos. Essa
certeza nos motiva e da segurança para a caminhada: “Desejamos, porém, continue cada um vós
mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança,
para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e
pela longanimidade, herdam as promessas” (Hb 6.11-12).
Ainda
que a vida pareça confusa e até injusta muitas vezes, creia na esperança de que
o Rei Jesus está no controle de todas as coisas, conduzindo sua igreja e
preparando-a para a vida eterna. Existe coerência e justiça neste governo de
Cristo sobre a Igreja e tudo isto está fundamentado no amor que o Rei Jesus tem
por nós. O “Amor da Cruz” assentou-se no trono, na forma de um Cordeiro que foi
morto, mas vive!
Rev. José Maurício Passos Nepomuceno