Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2.2)- foi assim que os magos souberam do nascimento de Jesus; “Um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles” (Lc 2.9) - esta foi a maneira como os pastores tomaram ciência do nascimento de Jesus, quando a miríade celestial cantou a glória de Deus aos homens; “O que vem depois de mim, contudo, tem a primazia, porquanto já existia antes de mim” (Mc 1.15) - este era o modo como um profeta deu conhecimento às multidões peregrinas nos desertos sobre a chegada do Messias.
O que há de comum nestes relatos? Eles nos mostram o poder de Deus intervindo na realidade do homem para fazer cumprir a sua vontade e trazer ao mundo o Salvador. Desta forma, meus amados irmãos, todos podemos dizer que a Salvação dos filhos de Deus não foi apenas uma tentativa bem sucedida de resgate, mas o resultado esperado de um plano, executado não na força do homem, mas no poder sobrenatural de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Este é o ponto central dessa nossa meditação, isto é, pensar sobre o fato de que Deus planejou e realizou o ato da salvação dos seus filhos. Mas não somente isso, devemos pensar que todos estes atos sobrenaturais, mediados pelo uso de estrelas, seres celestiais ou mesmo profetas, não eliminaram o simples uso de homens de carne e osso como nós.
Pense que estes textos, embora contenham elementos de sobrenaturalidade evidente, eles também incluem a participação peculiar de homens, quer magos, vindos do Oriente, pastores que apenas apascentavam seus rebanhos na vigília da noite, ou um homem, nascido de mulher, cuja missão o levava a viver nos desertos e comer gafanhotos e mel.
A gloriosa história da Salvação dos filhos de Deus, revela a instrumentalidade humana e a decisão de Deus de fazer uso dela. Todos sabemos que o Salvador foi um filho prometido desde Gênesis 3.15. Dali, em diante, foi a instrumentalidade das famílias e das pessoas, as genealogias de Jesus são uma demonstração desse fato.
Homens são salvos, quando Deus move homens para isso. Essa é uma lição que precisamos relembrar no Natal. Não podemos esperar que as pessoas sejam alcançadas ou que Cristo venha aos seus corações, sem que nós, sejamos os mensageiros e anunciadores desse Evangelho. Natal é a celebração da vinda de Cristo e o Ide da Igreja anunciadora dessa a Mensagem. Os Evangelhos começam com o Natal e encerram sua mensagem no Ide.