domingo, 8 de agosto de 2021

Se eu sou Pai, onde está a minha honra?


Pai nosso que estás nos céus! Foi assim que Jesus nos ensinou a orar, forçando em nossa mente a constância de uma busca por um relacionamento com Deus que se fundamenta em uma relação de cuidado, autoridade, constância e, sobretudo, amor. Através do profeta Malaquias, no final da história antiga de Israel, essa relação paterna entre Deus e seus filhos está fortemente desgastada, a ponto do próprio Criador se pronunciar por meio de uma pergunta inquiridora: “Se eu sou pai, onde está a minha honra?” (Ml1.6). Acredito que essa pergunta deve sempre ser aplicada ao nosso relacionamento com Deus, quando, por algum motivo, perdemos determinados referenciais como seus filhos. No contexto da crítica apresentada através do profeta Malaquias, Deus se refere ao total desprezo que os filhos de Israel demonstravam ao tornarem o culto a Deus em um lugar absolutamente vazio de amor e completamente conduzido por interesses antropocêntricos: “ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado?” (Ml1.7). Eles tinham um comportamento de honra mais apurada nas suas relações humanas, pois mantinham os protocolos formais no trato com os seus líderes humanos, mas desprezavam sua relação com Deus: “Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso terá ele agrado de ti e te será favorável?” (Ml 1.8). Assim Deus nos chama a pensar muito seriamente sobre como o temos tratado, enquanto nosso Pai. Em sua Palavra, Deus nos ensina que como um Pai irá cuidar de nós e nos protegerá sempre. Chega mesmo a dizer que é possível, embora difícil, que um pai se esqueça de seu filho, no entanto, Ele jamais nos abandonará (Sl 27.10). Porque ele jamais nos tratará de forma vil (Mt 7.11). Neste domingo, em que comemoramos o “dia dos pais” temos diante de nós uma profunda reflexão a fazer: considerar como temos vivido a nossa trajetória como filhos de Deus? Precisamos recuperar em nosso coração sobretudo a nossa relação de amor, honra e respeito para com nosso Pai que estás nos céus. Ele deve receber de seus filhos a glória devida ao seu Nome (Sl 29.1-2) e menos que isso já é desprezo e uma infeliz escolha. “Filho meu, dá o teu coração” (Pv 23.26) - Não existe atitude mais urgente que essa, para o dia de hoje. Agora mesmo, busque ao Pai!