A Palavra de Deus sempre nos orientou a manter os pés nos chão e a fazer planos sempre com a limitação de nossa própria temporalidade: "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios é do Senhor" (Pv 16.1). Sem dúvida alguma, esse é o mesmo sentido que Tiago dá ao seu conselho: "Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo" (Tg 4.15).
Mas, em 2021, como devo agir? Seria melhor não estabelecer nenhuma meta nova? Seria melhor não fazer planos? Claro que não é esse tipo de mudança que devemos empreender em nossa vida. Afinal, o texto bíblico não está nos censurando por fazer planos, mas por fazê-los sem a percepção da precariedade de nossas própria condição. Ao contrário, a Bíblia, portanto, está nos estimulando a fazer planos, cada vez mais, focados e baseados em aspectos apresentados e aprendidos na lei de Deus. Tiago está propondo que deveríamos submeter nossas estradas futuras à vontade de Deus.
Deve fazer parte do seu modo de planejar o futuro, o impulso de trazer a sua pretensa realidade existencial para dentro da esfera daquilo que você tem aprendido e refletido ser a vontade de Deus. Seu novo projeto pessoal quanto à profissão, sentimentos, futuro dos filhos, questões de patrimônio, viagem, lazer aquisições, questões educacionais etc; como cada uma destas circunstâncias e planos se encaixam dentro do modo que você pensa ser aquele que Deus quer ver a sua vida sendo utilizada? De que forma o que você planeja, se encaixa naquilo que você perceber ser um plano de Deus para você?
Lembre-se que o amadurecimento da sua fé depende desta nova perspectiva de construção do futuro e vice-versa, ou seja, quanto mais você amadurece, mas planeja coisas que fazem um perfeito casamento com aquilo que agrada a Deus. Portanto, agora que estamos nos aproximando do momento temático do final do ano e o início de uma nova etapa de vida, cabe por em prática o que aprendemos com as restrições e frustrações ocorridas e 2020. Cabe bem aos planos de 2021, reconhecer a precariedade de nossas possibilidades, mas a grande capacidade de Deus de nos fazer crescer, mesmo quando tudo parece ser muito difícil.