sábado, 18 de janeiro de 2025

Uma Igreja Discipuladora - Parte 2

Ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês" (Mateus 28.20) O texto da grande comissão deixa claro que a nossa relação interpessoal discipular tem uma natureza pedagógica. Portanto, servimos, uns aos outros como instrumentos do ensino da Palavra.

Primeiramente, pensemos sobre o que é o ensino que a Bíblia apresenta no contexto desta passagem. E o primeiro ponto é fazer uma distinção, entre o ensino doutrinal e o ensino vivencial. Eles caminham juntos e um não se sobrepõe ao outro, mas se complementam.

O ensino doutrinal é aquele que me leva ao conhecimento da doutrina e do plano de Deus para a humanidade. O ensino vivencial é aquele que me ajuda a aplicar o primeiro, de forma prática, materializando o que o meu coração aprende na doutrina.

Por exemplo, pensemos na lição que Jesus nos deu ao resumir a lei em dois mandamentos: Jesus respondeu: "Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, com todas as suas forças e todo o seu entendimento." E: "Ame o seu próximo como você ama a si mesmo." (Lc 10.33) - Jesus tem uma intenção doutrinal, ao estabelecer claramente como o decálogo deve ser compreendido. Mas, logo a seguir, ele conta a famosa parábola do Samaritano, que aplica de modo prático esse conhecimento doutrinal.

A Igreja é um corpo de discípulos em constante transformação e crescimento. Esses fenômenos da vida cristã acontecem por meio de um processo pedagógico, estabelecido em dois polos: a doutrina e a vida.

Nossa Igreja deve desenvolver, cada vez mais, o seu gosto e anseio pelo conhecimento da Palavra. A doutrina deve ocupar lugar especial em nossa maneira de viver o Cristianismo, como sei que muito já se tem empreendido neste sentido em Fall River.

Por outro lado, esse conhecimento tem de se materializar em nossas ações de comunhão uns com os outros na família e na Igreja, mas também com os de fora, que ainda não conhecem a Cristo. Portanto o convívio também deve ser um componente importante da nossa condição de Igreja de imigrantes.

Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

(continua no próximo...)

 

 

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