Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno
O retorno de Cristo, sem dúvida, era um dos pontos focais na mente dos escritores bíblicos e eles colocaram toda a intensidade do seu pensamento a serviço da Igreja, no objetivo de prepará-la para o Dia da volta do Senhor Jesus. Para tanto, trabalharam primordialmente em duas direções: encorajar a Igreja para vencer as dificuldades de se viver num mundo onde os crentes são odiados e, também, procuraram preveni-la de um dos maiores problemas que enfrentaria até a vinda de Cristo Jesus, a apostasia!
O primeiro aspecto deste trabalho, tinha a ver com a reação do mundo à presença da Igreja e era algo que lhe acontecia de fora para dentro. A apostasia, entretanto, era um problema que a Igreja enfrentaria dentro das suas próprias fileiras e lhe causava danos ainda maiores.
Os apóstolos trabalharam firmemente em um aspecto da vida cristã, que consideraram de grande importância para se evitar a apostasia: o cuidado com a mente cristã. Para eles a Igreja tinha de preparar adequadamente a sua mente para enfrentar todos os embates com o mundo, mantendo-se firme na fé. Na verdade, a nossa mente é o epicentro de toda a batalha espiritual, pois é nesse espaço interior onde tomamos as mais importantes decisões que dizem respeito à nossa vida no Espírito, bem como, onde nascem os pecados e os desvios que nos afastam de Deus e de Seu Filho.
Sobre o papel central da mente na vida cristã destaco as palavras do apóstolo Paulo: “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade...”(2 Ts 2.1 e 2).
Sobretudo nos dias finais, os crentes são exortados a manter a sua mente abastecida com a Palavra de Deus e todas as virtudes cristãs, para que consigam suportar a grande pressão que sofrerão, com vistas a fazê-los abandonar a fé.
O próprio Senhor havia dito: “...quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra (Lc 18.8)?” Diante disto, você e eu somos chamados a cuidar da nossa mente e nos preparar adequadamente para lutar contra todo pensamento que nos leve para longe de Deus. Devemos guardar a nossa mente e nos forçar, até contra a nossa própria vontade, a pensar o mundo e a própria existência segundo a Palavra do Senhor e modelo que Ele nos deixou. Essa é a tarefa mais urgente da Igreja em nossos dias.