domingo, 28 de agosto de 2011

A Mente Cristã Nos Dias da Apostasia Final - 28 de agosto de 2011

Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

O retorno de Cristo, sem dúvida, era um dos pontos focais na mente dos escritores bíblicos e eles colocaram toda a intensidade do seu pensamento a serviço da Igreja, no objetivo de prepará-la para o Dia da volta do Senhor Jesus. Para tanto, trabalharam primordialmente em duas direções: encorajar a Igreja para vencer as dificuldades de se viver num mundo onde os crentes são odiados e, também, procuraram preveni-la de um dos maiores problemas que enfrentaria até a vinda de Cristo Jesus, a apostasia!
O primeiro aspecto deste trabalho, tinha a ver com a reação do mundo à presença da Igreja e era algo que lhe acontecia de fora para dentro. A apostasia, entretanto, era um problema que a Igreja enfrentaria dentro das suas próprias fileiras e lhe causava danos ainda maiores.
Os apóstolos trabalharam firmemente em um aspecto da vida cristã, que consideraram de grande importância para se evitar a apostasia: o cuidado com a mente cristã. Para eles a Igreja tinha de preparar adequadamente a sua mente para enfrentar todos os embates com o mundo, mantendo-se firme na fé. Na verdade, a nossa mente é o epicentro de toda a batalha espiritual, pois é nesse espaço interior onde tomamos as mais importantes decisões que dizem respeito à nossa vida no Espírito, bem como, onde nascem os pecados e os desvios que nos afastam de Deus e de Seu Filho.
Sobre o papel central da mente na vida cristã destaco as palavras do apóstolo Paulo: “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade...”(2 Ts 2.1 e 2).
Sobretudo nos dias finais, os crentes são exortados a manter a sua mente abastecida com a Palavra de Deus e todas as virtudes cristãs, para que consigam suportar a grande pressão que sofrerão, com vistas a fazê-los abandonar a fé.
O próprio Senhor havia dito: “...quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra (Lc 18.8)?” Diante disto, você e eu somos chamados a cuidar da nossa mente e nos preparar adequadamente para lutar contra todo pensamento que nos leve para longe de Deus. Devemos guardar a nossa mente e nos forçar, até contra a nossa própria vontade, a pensar o mundo e a própria existência segundo a Palavra do Senhor e modelo que Ele nos deixou. Essa é a tarefa mais urgente da Igreja em nossos dias.

domingo, 21 de agosto de 2011

Servos Que Dão Bom Testemunho - 21 de agosto de 2011

Imagem colhida no BLOG "Alcançando o Alvo" 
Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Estamos acostumados a ouvir as pessoas falando na Igreja que todos devemos dar “bom testemunho”. Quando adolescente  sofri muito com isso, ficava preocupado e me cobrava por jamais conseguir ser um crente perfeito e nem sempre conseguia falar de Jesus para os meus colegas. Eu não sabia como dar “um bom testemunho”.
Sempre encontro pessoas que cobram um “bom testemunho” de si e dos outros em um nível tão elevado que aparentemente, parecem esperar a perfeição. Será que é realmente possível dar “bom testemunho”? De que forma alcançamos essa graça?
O apóstolo Paulo, quase sempre, escreve às igrejas, mostrando-se preocupado com a relação que a Igreja tem com os de fora da igreja: “Portai-vos com sabedoria com os que são de fora; aproveitai as oportunidades” (Colossenses 4.5). Em 1 Tessalonicenses ele diz: “...de modo que vos porteis com dignidade para com os que são de fora e de nada venhais a precisar” (4.12).
Em linhas gerais o “bom testemunho” é uma demonstração da presença do reino em nós e na nossa comunidade de fé com a finalidade de que os de fora percebam que somos diferentes. Mas, o modo de mostrarmos que somos diferentes não significa que devamos parecer para eles, aquilo que não somos, isto é, impecáveis, pessoas sem defeitos, das quais existem somente coisas boas a serem ditas. Não pode ser  isso, pelo simples fato de que não somos perfeitos e sabemos bem disso!
O “bom testemunho” é dado na medida em que lidamos com o nosso pecado de uma maneira diferente de todas as outras pessoas. Ou seja, o que eles precisam saber e ver realmente em nós é que estamos “progredindo no amor” a Deus e ao próximo (vs 9 e 10), que lutamos contra os nossos erros.
Em segundo lugar, é necessário que vejam que nos ajudamos neste esforço, fazendo o trabalho sempre em conjunto “cuidando do que é vosso” (vs.11). E, finalizando, o “bom testemunho” tem como objetivo a própria vida do não crente, os de fora, como disse Paulo. Não creio que os de fora, algum dia, acreditem que somos perfeitos, mas tenho certeza que eles esperam que  mostremos o que é uma vida que conhece a Deus e como você e eu somos capazes de resolver nossos problemas agindo segundo a Palavra de Deus. Para mim o “bom testemunho” que podemos dar é que a nossa vida tem uma direção e se dirige a Deus.  

domingo, 14 de agosto de 2011

Cooperação - Uma Marca dos Servos do Senhor - 14 de agosto de 2011.

Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Durante a década de 90, surgiram as grandes cooperativas de trabalho. Um modelo de organização que supunha o ajuntamento de operários na formação de um bloco de trabalho, com maior força junto aos patrões. Mas, como todos sabemos, este tipo de cooperatividade servia muito mais aos interesses patronais que ao dos cooperados.
A cooperação é algo que se espera na sociedade cristã, segundo os princípios do Reino de Cristo. Dentro do princípio estabelecido pelo SENHOR, o seu Reino seria de intensa vida cooperativa; todos os cidadãos dariam a sua contribuição ativa e fariam parte não apenas de uma pátria no sentido geopolítico, mas de um organismo vivo, no qual todos os partícipes seriam como membros de um mesmo corpo.
A melhor ilustração deste princípio cooperativista do Reino de Jesus Cristo foi apresentada em 1 Coríntios, capítulo 12: O Corpo de Cristo. Apesar de ser aplicada referencialmente à Igreja, essa ilustração aponta para o todo do Reino de Cristo, que se espalha através da Igreja, por isso a Igreja é Universal e deve chegar a todas as etnias da Terra.
Quais são os princípios de cooperatividade deste Reino de Cristo? O princípio primordial é o AMOR. A cooperação no Reino de Cristo se estabelece numa condição mental em que as pessoas conseguem viver para os outros e não egocentricamente. Os cooperados no Reino de Cristo não visam o que é propriamente seu, mas sim o que é do outro (Fp 2.4).
Outro aspecto interessante é que todos os cooperados trabalham com um propósito específico, qual seja, glorificar a Deus. A glória de Deus é o anseio maior dos Servos do Reino de Cristo, eles nada buscam para si mesmos, senão que suas vidas alcancem o privilégio de servir para a glória de Deus. Ao aplicarem a regra do amor, eles buscam a glória de Deus como o alvo maior de toda ação cooperativa.
Por fim, enquanto o Reino não se consolida totalmente neste mundo por causa do pecado, a cooperatividade do Reino de Cristo busca alcançar outras vidas para viver segundo o mesmo padrão. A evangelização é o coração da obra da Igreja neste mundo caído, pois é o resultado prático e mais natural da nossa condição de servos. Cooperamos uns com os outros, para alcançar outros ainda. Eis o melhor sinal da nossa saúde cooperativa no Corpo de Cristo, quando evangelizar é a nossa meta!

domingo, 7 de agosto de 2011

Servos Dedicados ao SENHOR - 07 de agosto de 2011

Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno






Quase sempre, interpretamos a palavra “dedicação” como significando o empenho que devemos ter na realização de alguma tarefa. Por isso, elogiamos alguém que cumpre suas tarefas dizendo: “ele é muito dedicado ao que faz”. Com certeza, este é um significado maravilhoso para o termo, entretanto, não é o seu sentido primário.
Em seu sentido primário,  o termo aponta para uma condição e não para uma ação. Em outras palavras, primariamente o termo descreve o ato de separar algo ou alguém para um devido fim ou trabalho. Por exemplo: “esse prédio foi dedicado para ser um museu” ou, então, “aquele homem tem dedicação integral ao ministério”, neste sentido, dedicação é o mesmo que consagração (Latim: dedicare - consagrar).
Assim também, a idéia de “Servos Dedicados” nas Escrituras segue muito além da simples capacidade que temos de nos aplicar diligentemente às tarefas que nos são dadas por parte do Senhor. Na verdade, é bem possível que pessoas realizem a contento muitas tarefas no Reino, sem que jamais tenham sido verdadeiramente “dedicadas ao Senhor” (Mt 7.22).
“Servos Dedicados ao SENHOR” são aqueles que primariamente compreenderam que não pertencem mais a si mesmos e o seu trabalho é viver para servir ao seu SENHOR. Você e eu não fomos chamados para realizar tarefas para Deus, mas para pertencermos a Ele, e isso é muito diferente.
O amadurecimento da obra do Espírito Santo em nós consiste em  que cheguemos ao ponto de encontro com a única realidade possível da Criação: “pertencemos completamente a Deus”. Essa é a temática que dominou a mente do apóstolo quando disse: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo” (Fp 1.21). Para Paulo era simples discernir que o propósito da vida é servir a Deus, seja através da vida ou da morte (Rm 14.8).
O que você espera da vida? Por acaso tem pensado demais em si mesmo, a ponto de a vontade de Deus ter sido abandonada? Quando o verdadeiro enchimento do Espírito Santo estiver de fato acontecendo na sua vida, seus paradigmas serão revolucionados e você poderá confirmar em você o significado primário de: “Servo Dedicado ao SENHOR”. A grande mudança que se seguirá em você é que serás incapaz de pensar só em você mesmo, seus olhos seguirão na direção de Deus e do seu próximo e você, ao servir, sentirá a maior alegria e realizar-se-á em dedicar-se ao SENHOR!