Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno
Uma das marcas da vida moderna é a individualização do homem. De alguma forma, estamos abertos para relacionamentos superficiais e passageiros, por isso, não é de se estranhar que até a família sofra com a degradação dos valores. O materialismo assumiu o controle das mentes humanas e, agora, tudo passa pelo cálculo do custo-benefício, até as amizades e ou o convívio com os irmãos de Fé.
Podemos chamar tudo isso de “modernidade” ou “pós-modernidade”, mas as Escrituras não contam estas coisas a partir da análise humana da evolução da História, ao contrário, a análise bíblica aponta para o final da História anunciado por Deus: o Dia do Juízo.
Quando os apóstolos começaram a anunciar a volta de Jesus Cristo, também anunciaram a deterioração dos valores mais básicos que deveriam seguir a humanidade. Paulo diz o seguinte: “Nos últimos dias ...os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes (...) desafeiçoados, implacáveis (...) cruéis, inimigos do bem ...antes amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2 Tm 3.1a4). A dura descrição do apóstolo, parece encontrar eco em nossos dias, como se ele tivesse convivido conosco. Como verdades tão antigas podem ser tão atuais? São atuais, porque o ser humano, em maior ou menor medida, sempre apresentou esse comportamento.
Podemos cometer erros semelhantes a esses, mesmo dentro do ambiente de fé no qual vivemos, se não nos dedicarmos a sempre reavaliar a nossa vida segundo o modelo que encontramos no próprio Deus. Esse foi o ensino que Deus havia deixado na profecia entregue através de Jonas.
O profeta tinha consciência de que Deus era misericordioso, Entretanto, preferia manter no seu coração o ressentimento contra o povo ninivita. Seu materialismo se manifestou no fato de ele amar uma planta mais que a multidão ninivita (Jonas 4.11).
A Igreja precisa ser um modelo de sincera compaixão, inspirada no próprio Deus. Nos tempos que precedem a vinda de Jesus precisamos de uma Igreja ativa e comprometida com o amor e a compaixão, tanto entre os irmãos de Fé como para com os de fora. Eis uma preocupação que deve estar na agenda daqueles que pretendem seguir o lema: Igreja Reformada Sempre Reformando. Devemos aplicar a nós mesmos as advertências feitas a Jonas e conhecer a diferença entre plantas e pessoas.
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