Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno
Nota Explicativa:
Depois de um bom tempo sem publicações, senti-me inclinado a retomar esse trabalho. Agradeço a todos vocês que leem estes textos e peço que deixem seus comentários. Essa interação nos ajuda a crescer. Deus os abençoe!
Jesus Cristo de Nazaré foi um homem que marcou a sua época de uma forma maravilhosa. Suas palavras e Sinais transformaram profundamente a vida de muitas pessoas. No entanto, enquanto muitos o amaram, muitos mais o odiaram e de maneira ostensiva o hostilizavam e procuravam matá-lo. Por que Jesus foi tão odiado?
Não pense que este ódio a Jesus ficou restrito aos dias de sua vida. Na verdade, ao longo dos séculos que se seguiram e até os dias de hoje, conquanto muitos passaram a amar Jesus, ainda é crescente o ódio a Cristo, o qual simplesmente se revelou, principalmente ao longo do Século XX, por meio da mais intensa perseguição àqueles que se dizem “cristãos”.
“Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo” (João 15.25). Estas palavras chocam, porque revelam que o ódio dos homens a Jesus é simplesmente irracional, fruto de uma estrutura mental preparada para repudiar o Filho de Deus. O próprio Jesus preparou os seus discípulos para tempos difíceis, dizendo-lhes que eles também seriam odiados, apenas porque eram seus seguidores: “(...) como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia (João 15.19).
Os homens odeiam a Cristo por um motivo bastante particular: Cristo oferece um paradigma de vida que não está centrado nos interesses do homem, mas nos de Deus. O Salmo 2, conhecido salmo messiânico, nos fala que o ódio dos reis da terra contra o Ungido do Senhor, nasce da sua insatisfação em se submeter a ele. Na verdade, o ser humano não suporta facilmente a ideia de que um Deus lhes julgue, ou sequer lhes diga o que é certo ou errado.
O orgulho, nascido no coração do homem com o pecado, faz com que os homens se levantem contra Deus, seu Filho e toda a mensagem do cristianismo. O ponto central deste repúdio é que as pessoas não querem abrir mão de suas certezas, seus caminhos e não gostam de ser corrigidas em seus maus caminhos.
Quando Jesus caminhou voluntariamente até à cruz, do ponto de vista do homem, o ódio estaria vencendo. Mas, quando ele entregou sua vida por nós, na verdade, ele mostrou que a “força do amor” é muito maior que a “força do ódio”. Podemos ser odiados pelo mundo porque propomos aos homens uma revisão em seus caminhos, no entanto a resposta que devemos dar a todos os que nos odeiam é a mesma que Jesus deu: amor!