segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Primórdios do presbiterianismo na cidade de São Paulo (parte 2)

“Quanto ao futuro, não há motivo para dúvidas nem receios. Tomemos o passado como garantia de maiores coisas no futuro. Firmados nas promessas divinas resolvamos prosseguir avante, tranquilos e cheios de esperança”. Essas palavras, encontradas no diário de Simonton, são o seu último registro antes de sua morte em 09 de dezembro de 1967, na Rua Nova de São José, n°01, São Paulo.
O presbiterianismo havia começado há pouco tempo na cidade de São Paulo. O Rev. Blackford pregava os seus sermões no endereço indicado e começa a alcançar vidas na promissora Vila de Piratininga, onde chegara em 1863.
Órgão de Tubos da atual
Primeira Igreja Presbiteriana Independente do Brasil|
A primeira ceia foi celebrada em 29 de maio de 1864 e sete pessoas participaram, a segunda, somente em 8 de janeiro de 1865, ministrada a 08 pessoas. Mas, foi no dia 5 de março de 1865, um dos mais alegres daquela história iniciante, que a ceia fora servida e 18 comungantes dela participaram.  Blackford colhia os primeiros frutos do trabalho em São Paulo.
Nesse dia, seis moradores paulistanos eram recebidas por pública profissão de fé: Manoel Fernandes Lopes Braga, Miguel Gonçalves Torres, Antônio Trajano, José Maria Barbosa da Silva, Ana Luiza Barbosa da Silva e Olímpia Maria da Silva (quatro portugueses e duas brasileiras).
Esse 05 de março ficou sendo considerado o ponto de partida da primeira Igreja presbiteriana de São Paulo, hoje conhecida como Catedral Presbiteriana Independente, localizada na Rua Nestor Pestana.
Os primeiros anos foram difíceis, mas os poucos conversos eram muito atuantes. Eles e seus missionários, Rev.. Blackford, Rev.. José Manoel da Conceição, Rev.. Francis Schneider, empreenderam grandes esforços para alcançar novos locais.
Nesse mesmo ano de 1865, eles, por meio da obra do padre protestante, O Rev. J.M. da Conceição, plantaram o trabalho presbiteriana na Cidade de Brotas e organizaram lá a terceira igreja presbiteriana do Brasil.
Durante alguns anos, Brotas foi a maior igreja paulista, superando a própria Igreja de São Paulo. De lá, o presbiterianismo espalhou-se para o interior do Estado e para Minas Gerais.
Em 1865, os pastores, Blackford, Simonton e Schneider, organizaram o primeiro presbitério brasileiro, o Presbitério do Rio de Janeiro. Foi na Rua Nova de São José que isto aconteceu, quando também foi recebido o Rev.. José M. da Conceição como pastor da Igreja Presbiteriana. 
Apenas três igrejas e uma grande história a ser continuada. As palavras de Simonton continuam válidas para o presbiterianismo nacional.

fontes: Anais da Primeira Igreja Presbiteriana de São Paulo (1863-1903) - Autor: Vicente Temudo Lessa - Ed. Cultura Cristã, 2010; História Documental do Protestantismo no Brasil - Autor: Duncan Reily - Ed. ASTE, 1984. 

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