Dr. Horace Lane Diretor da Escola Americana |
O casal Chamberlain, dirigente da Escola Americana, entendia que as missões presbiterianas deveriam ter um especial interesse na educação. Por isso, o esforço e o investimento na construção da primeira sede própria na esquina da Av. São João com a Ipiranga fora apenas o início.
O prédio, em 1878, também abrigara a Primeira Igreja Presbiteriana de São Paulo, que ali se reuniria até 1884, quando enfim mudaria para a Rua 24 de maio (atual Nestor Pestana), em um templo próprio, que se tornaria, mais tarde, na conhecida Catedral Presbiteriana Independente.
Os cultos realizados no “Salão Nobre” da Escola Americana eram muito apreciados. Visitantes se encantavam com a beleza do local de reuniões e principalmente com os hinos presbiterianos, acompanhados pelo órgão tocado por Miss Dascomb.
A missão dos Chamberlain continuava. Tinham uma chácara no subúrbio de São Paulo, comprada em 1874 de Dna Maria Antonia da Silva Ramos. Ali, planejavam os Chamberlain, dariam início ao internato dos rapazes e ao “Curso Superior”.
A Escola Americana da Rua São João crescia. As aulas do Internato Feminino tinha bons professores e até alunas-mestras que já se engajavam na obra de educar os filhos dos paulistanos. O curso ministrado era chamado “Classe Normal’. A “Chácara Consolação” começava a ser preparada para o Internato Masculino e o curso superior de 3 anos. Contudo, o Rev. Chamberlain não tinha um diretor que assumisse tão grande tarefa.
Em 1878, a Escola Americana recebeu a visita honrosa de Sua Majestade o Imperador D. Pedro II. Era conhecido o apreço de Sua Majestade por estabelecimentos de ensinos e quando os visitava sabatinava os seus diretores. Por duas horas esteve a andar pelas salas e a inquirir professores.
Ao deixar a sala dirigida por Dna Adelaide Luiza de Molina, perguntou-lhe: “Que doutrina se ensina aqui?” A experiente professora respondeu: “O evangelho só”. Disse ele: “Já sei, já sei, a doutrina protestante”. O diálogo ficara um pouco ríspido com os dirigentes da Escola, quando o Imperador disse: “Se eliminarem o ensino religioso podem contar com a nossa proteção”. Entretanto, o diretor respondeu com firmeza: “A Bíblia tem estado aberta na escola desde o primeiro dia de sua abertura e, quando fechar-se, fechar-se-ão as portas da Escola Americana”. O Imperador encerrou a conversa com a seguinte frase: “Cada um tem direito à sua opinião”.
O Jornal do Comércio destacou que o Imperador demostrara muito apreço pela Escola Americana, declarando que era a primeira vez que vira uma escola daquele gênero no Brasil. A Igreja e a Escola Americana andavam juntas nos primeiros anos do presbiterianismo paulistano.
(Fontes consultadas: Anais da 1ª Igreja Presbiteriana de São Paulo 1863-1903 - autor: Vicente Themudo Lessa)
(Fontes consultadas: Anais da 1ª Igreja Presbiteriana de São Paulo 1863-1903 - autor: Vicente Themudo Lessa)
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