Jogos de tabuleiro podem muito falar acerca do espírito de uma época. Após as Grandes Guerras surgiu o grande jogo “War” (Guerra). Nele, os participantes jogavam para conquistar terras e destruir seus inimigos. Após a crise econômica de 1929, veio o famoso “Banco Imobiliário”, cujo objetivo era levar os oponentes à derrocada financeira e o vencedor era aquele que acumulasse para si todo o capital disponível.
Na verdade, para muitas pessoas, a vida é um grande jogo para suplantar os seus oponentes com jogadas mirabolantes e existe um jogo muito mais sério que busca conquistar as consciências dos outros e transformá-las segundo os seus interesses. Em nossos dias, vivemos tempos assim, pois muitas filosofias trabalham para ganhar a consciência da população, principalmente dos mais jovens. Este esquema de dominação pelo aprisionamento das consciências não é novo. As Escrituras nos dão exemplos de tempos assim.
“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou” (Dn 1.1) - Neste tempo, a poderosa Babilônia impunha sua força sobre os povos conquistados e lhes retirava os bens mais preciosos: famílias, casas, terras, riquezas, símbolos religiosos e principalmente tentava lhes roubar a própria história. Em dias assim foi que Deus levantou um jovem e o capacitou a lutar contra aquela dominação cruel. Daniel nos legou o testemunho de que é possível resistir às maiores pressões quando nosso coração pertence verdadeiramente a Deus: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as iguarias do rei” (Dn 1.8a).
Assim também agiram os Reformadores do Século XVI. Diante de uma massiva perda da consciência cristã e a constante dominação idólatra e fisiológica dos poderes de seu tempo, homens como Zwínglio, Lutero, Calvino, Knox se levantaram para proclamar que a mente dos filhos de Deus pertencia somente a Deus, que a dirigia por meio de sua Palavra inspirada e inerrante.
Eu não saberia dizer quais seriam os jogos de tabuleiros que melhor representam o espírito de nossa época. Mas posso afirmar que precisamos continuar lutando para que nessa geração o povo de Deus continue vivendo somente para a Glória do Senhor.
Um passo fundamental continua sendo o “Sola Scriptura” (A Escritura Somente). A Palavra de Deus não pode ser substituída pelos pragmatismos da prosperidade ou a libertinagem dos que amam o pecado. Ao contrário, a Igreja de nossos dias precisa reafirmar a excelência da palavra em sua fé e conduta. Não podemos deixar que nossa consciência seja cativa, senão de Cristo, por meio de sua Palavra Viva.
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