Início das obras do Santuário 1946 - Inauguração 1950 Foto do Arquivo da Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração |
Na década de 40, a Vila Formosa era um bairro considerado
iniciante. Os advogados Dr. Sampaio
Vidal e Dr. Eduardo Cothing, diretores da Cia Melhoramentos do Brás, eram os responsáveis
pelo loteamento e procuravam meios para viabilizar o seu projeto e trazer mais
atenção para a região. O primeiro grande sinal de desenvolvimento foi notado na
segunda metade da década de 40, quando a Paróquia Nossa Senhora do Sagrado
Coração, começou a construção do grande santuário no final da Avenida 1 (atual
Av. Dr. Eduardo Cothing, que foi inaugurado em 1950, um ano depois da abertura
para uso do Cemitério da Vila Formosa (Jornal Estado de São Paulo em
30/11/2015).
Neste ambiente de desenvolvimento, a jovem Congregação
Presbiteriana Vila Formosa também estava se desenvolvendo. Em 1951, liderados
pelo Presb. Dolivar Delfini e o jovem Benedito Rodrigues de Carvalho, além dos
experientes Delfino e o Diác Azarias, a Congregação começou a empreender um
ousado projeto de consolidação, a compra do terreno. A esta altura, já se sustentavam
com os recursos próprios e decidiram alugar um salão na praça Sampaio Vidal,
65, embora fosse um terreno com declive acentuado para o fundo e a congregação
ficasse escondida.
Em 09 de março de 1952, o Conselho do Brás elegeu o
irmão Dolivar Delfini ao presbiterato e juntamente com ele outros 13 irmãos,
entre eles o irmão Rids Xavier de Castilho, que mais tarde ajudaria muito à
Congregação. Por circunstâncias profissionais, em dezembro 1953, o Presb.
Dolivar teve de se mudar para o interior de São Paulo (Marília) e em seu lugar
liderou a congregação e a representou junto ao conselho o irmão Diác. Azarias
Silvério Costa.
Sob a liderança do Diác Azarias, nos primeiros meses
de 1954, os irmãos tomaram a decisão de comprar a propriedade da Congregação e
foi um dos mais ousados empreendimentos daquele aguerrido grupo. O Conselho do
Brás decidiu organizar uma comissão administrativa para a Congregação, que
passou a conduzir o trabalho e o terreno foi comprado junto com cinco milheiros
de tijolos.
Um livro de Atas desta comissão foi preservado e nele estão registrados os atos de cuidado pastoral com a Congregação, nomeação de professores para a Escola Dominical e determinação da escala diaconal, além de pregações nos cultos. Entre os registros da primeira ata desta congregação encontramos a seguinte decisão: “Estuda-se a possibilidade de criar pontos de pregação de
evangelização nos diversos pontos do bairro, fiando os mesmos a serem realizados aos domingos em casa das pessoas que os solicitar”. Isto mostra a fé e coragem daqueles homens e mulheres, que já contavam com uma Sociedade Auxiliadora Feminina – SAF e uma União de Mocidade Presbiteriana – UMP.
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