O
s anos 40 foram de grande turbulência no cenário
mundial e nacional. Na Europa, a Segunda Guerra Mundial e no Brasil as
turbulências do fim do Estado Novo, de Getúlio Vargas. Na virada da década, com
o retorno ao poder Getúlio procurava fazer justiça à sua popularidade até que
em 24 de agosto de 1954, desferiu um tiro contra o próprio peito, assumiu o
governo o potiguar Café Filho, um presbiteriano, que em um ano seria substituído
pelo mineiro Juscelino Kubitschek.
Arquivo Família Delfini |
O trabalho dos presbiterianos na Vila Formosa foi
iniciado em meio a toda essa grande turbulência mundial e nacional, mas nem as
bombas na Europa ou as lutas políticas brasileiras, impediram o avanço e
progresso da animada congregação, como afirmou o Rev. Daniel Mariano da
Silveira, quando dizia haver “provas incomuns de que o Espírito Santo estava
dirigindo a Congregação”. Mas, do mesmo modo a Congregação também sofria suas
crises em meio às lutas.
Após alguns meses fora, o presbítero Dolivar Delfini
retomou suas atividades na Congregação da Vila Formosa. Os irmãos sonhavam e
lutavam para dar início à construção do seu templo. Em novembro de 1955, o
Presb. Dolivar foi nomeado pelo Conselho da Igreja do Brás e decidiu mudar-se
com a família para o bairro, onde já possuía um comércio. Neste tempo, ajudava
no trabalho um jovem seminarista, Efigênio Alves, que era sustentado pela
família do irmão Aristides Matos e foi um ano de franco de crescimento quando
outros nomes começaram a participar da liderança da Congregação, entre eles, o
citado Aristide P. Matos, Mario Rodrigues de Sá, Paulo Mascelani e Vitoriano
Gomes, Benjamim Garcia e Gerson Pereira da Silva e mulheres que se tornaram
chaves para esse de
senvolvimento, entre elas, as irmãs Berenice Batista e
Amarilda Barreto Alves, que desenvolviam importante trabalho com as crianças.
Em abril de 1956, a Congregação realizou uma série de
Conferências e para isto convidou o prestigiado pastor presbiteriano Júlio
Andrade Ferreira para ser o palestrante. Estas reuniões foram de grande
inspiração para os membros da Congregação e despertaram os crentes para o
trabalho, dando grande impulso a um trabalho que havia iniciado um ano antes, o
Conjunto Coral, cujo maestro era o irmão Eurípedes Rodrigues de Carvalho.
Todo esse ânimo fazia crescer a ambição de construir o
templo e junto com isso cresceu o primeiro grande problema entre os irmãos. O
Presb. Dolivar, líder do trabalho, não concordava com a construção naquele
terreno íngreme e em lugar tão desfavorável. Isso gerou certo incômodo e alguns
irmãos pediram demissão de seus cargos na Comissão de Administração e uma crise
se anunciou.
Depois de algumas reuniões e conversas, os irmãos
decidiram adiar a construção do templo, pedindo ao conselho da Igreja do Brás
que autorizasse a Congregação a procurar outro terreno. Em junho de 1957, o
Conselho autorizou e aparentemente, o ímpeto se esfriou um pouco. Mas, como
veremos na próxima semana, só aparentemente, porque a notícia da compra do novo
terreno deu um novo impulso no propósito daqueles irmãos e irmãs que não
desistiriam de viver para o Rei.
(Fontes: Livro I das Atas do Conselho da IP Vila Formosa; Relato pessoal do Presb. Dolivar Delfini - Arquivo da Família Delfini; Livro de Atas da Comissão Administradora da Congregação).
(Fontes: Livro I das Atas do Conselho da IP Vila Formosa; Relato pessoal do Presb. Dolivar Delfini - Arquivo da Família Delfini; Livro de Atas da Comissão Administradora da Congregação).
Parabéns. Bom dia a todos, graças a Deus, tive a honra de acompanhar a trajetória da IPBVF, desde a Congregação, até a Igreja atual. Tenham um excelente domingo, abraços.
ResponderExcluirCaro irmão... não conseguimos identificar sua participação. Por favor, caso queira, identifique-se para que saibamos quem é. Desde já agradecemos sua participação neste comentário à publicação.
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