domingo, 21 de janeiro de 2024

Levante-se, para que Cristo seja glorificado!

Jonathan Edwards escreveu a respeito da vida de David Brainerd (1718-1747). Um jovem que Deus levantou para que o nome de Cristo fosse anunciado aos índios norte-americanos. nos tempos de desbravamentos.

Em sua curta jornada de vida, Brainerd registrou em diários a  riqueza maravilhosa de sua jornada de fé e relacionamento com Deus. Ali, podemos ver um homem, atacado por uma saúde debilitada, associada ao que ele chamou de grande melancolia (depressão), levantar-se para que Cristo Jesus fosse glorificado em sua vida.


Edwards escreveu a obra “A Vida de David Brainerd” e assim se refere aos seus registros, quando Brainerd tinha estava próximo de completar 25 anos: “Em seu diário, quanto a esse período tempo [fevereiro de 1743], foram registradas coisas como as seguintes: pesar diante do pecado habitando nele, desprendimento do mundo, anelo por Deus e de viver para a sua glória, desejos que enterneciam o coração por seu lar eterno, dependência fixa de Deus como o seu auxílio, experiência de muita ajuda divina no exercício privado e público da religião, força interior e coragem no serviço prestado a Deus, frequente refrigério da alma, o consolo e a doçura divina na meditação, na oração, na pregação e em simples conversar com outros crentes” (EDWARDS, 1758, pág.33).

O profeta Isaías, caído pelo seu profundo temor do pecado ante à santidade de Deus, responde ao chamado divino com um sonoro: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8). Homens de Deus não fazem a obras do Senhor na força do seu braço ou na confiança de sua pessoa capacidade e habilidade. Homens de Deus fazem as obras do Senhor, na força do Senhor e em obediência humilde ao chamado.

Deus nos coloca a todos diante de nossos próprios pecados e fragilidades humanas e nos chama a confiar nEle. Ele nos perdoa os pecados e nos diz para nos levantarmos para que, de alguma forma, nossa vida o glorifique. Não como nós planejamos, mas como Ele planejou nos usar, onde e como.

O que poucos sabem sobre Brainerd é que ele foi expulso, por mal comportamento, da Universidade de Yale onde buscava o diploma de teologia. Porém, a sua humilhante derrota diante dos homens não o fez desprezível aos olhos de Deus.

Este jovem, morto aos 29 anos, tornou-se um modelo de missionário entre os índios norte-americanos, em especial na região do Dellaware, seu amor a Deus mostra-nos Um homem caído, que Deus levantou para glorificar o nome de Cristo.

Carecemos de homens com a ousadia de confiarem não em si mesmos e não desejosos de viver somente para si, mas que tenham um profundo amor pelo Senhor e se lancem na vida como instrumentos para fazer a obra do Senhor. Caro irmão, levante-se para que Cristo seja glorificado na sua vida.

domingo, 7 de janeiro de 2024

“Redes Vivas” - Uma Comunidade de Vida


Vá ter com a formiga, ó preguiçoso! Observe os caminhos dela e seja sábio” (Provérbios 6.6).
Neste texto, Salomão, que era um experiente observador da vida animal (1Reis 4.33), propõe uma reflexão sobre a preguiça e pede que os homens reflitam a partir da disposição de trabalho da formiga e como isso a protege nos dias maus. Seguindo o conselho de Salomão e ampliando nosso olhar. Quero tomar como exemplo o mundo das formigas e um fenômeno conhecido como “balsas de formigas”.
O fenômeno de “balsa de formigas” ocorre como uma enorme “rede viva”, formada por uma multidão de formigas que se prendem umas às outras para sobreviver às enchentes que atacam os seus formigueiros. As imagens registradas por biólogos são lindíssimas, pois o que poderia ser o fim total de uma comunidade de formigas é superado pela capacidade instintiva de se juntarem firmemente, para que uma seja a salvação da outra.

O apóstolo Pedro, usa uma forte figura para falar da Igreja como uma unidade orgânica. Ele o faz a partir da figura de um edifício que é construído com pedras, mas a Igreja é um “Edifício de Pedras Vivas”: “(...) também vocês, como pedras que vivem, são edificados casa espiritual para serem sacerdócio santo” (1 Pedro 2:5). Semelhante a essa figura, quero pensar na igreja como uma grande teia de apoio mútuo e não um simples ajuntamento de individualidades.

Com em um corpo, onde cada membro tem uma função, cada órgão se dispõe a um trabalho para a sobrevivência de todos, a Igreja deve ser um palco onde nossas vidas se entrelaçam para se complementarem e se fortalecerem. Este esforço é como uma rede, onde um braço é o apoio do outro e vice-versa, a ponto de nos tornarmos como uma só rede de relacionamentos e ajuda.

Em nossa missão de desenvolver uma mentalidade acolhedora e conquistadora de almas para Cristo, precisaremos demonstrar aos que nos assistem viver, que somos uma comunidade de ajuda, interesse e crescimento mútuo. Nossa maior virtude deverá ser o “amor que nutrimos pela família de fé”, que é a nossa rede viva, nossa comunidade de vida.

“Tendo purificado a alma pela obediência à verdade, e com vistas ao amor fraternal não fingido, amem intensamente uns aos outros de coração puro” (1 Pedro 1:22) - a única fórmula capaz de nos fazer mais fortes é a disposição que cada um deverá empreender para amar os outros, pensando em ser para os outros um elo de segurança. O espírito não é de alguém que busca se salvar de uma enchente, mas de alguém quer ser a salvação de outro.