Vá ter com a formiga, ó preguiçoso! Observe os caminhos dela e seja sábio” (Provérbios 6.6).
O fenômeno de “balsa de formigas” ocorre como uma enorme “rede viva”, formada por uma multidão de formigas que se prendem umas às outras para sobreviver às enchentes que atacam os seus formigueiros. As imagens registradas por biólogos são lindíssimas, pois o que poderia ser o fim total de uma comunidade de formigas é superado pela capacidade instintiva de se juntarem firmemente, para que uma seja a salvação da outra.
O apóstolo Pedro, usa uma forte figura para falar da Igreja como uma unidade orgânica. Ele o faz a partir da figura de um edifício que é construído com pedras, mas a Igreja é um “Edifício de Pedras Vivas”: “(...) também vocês, como pedras que vivem, são edificados casa espiritual para serem sacerdócio santo” (1 Pedro 2:5). Semelhante a essa figura, quero pensar na igreja como uma grande teia de apoio mútuo e não um simples ajuntamento de individualidades.
Com em um corpo, onde cada membro tem uma função, cada órgão se dispõe a um trabalho para a sobrevivência de todos, a Igreja deve ser um palco onde nossas vidas se entrelaçam para se complementarem e se fortalecerem. Este esforço é como uma rede, onde um braço é o apoio do outro e vice-versa, a ponto de nos tornarmos como uma só rede de relacionamentos e ajuda.
Em nossa missão de desenvolver uma mentalidade acolhedora e conquistadora de almas para Cristo, precisaremos demonstrar aos que nos assistem viver, que somos uma comunidade de ajuda, interesse e crescimento mútuo. Nossa maior virtude deverá ser o “amor que nutrimos pela família de fé”, que é a nossa rede viva, nossa comunidade de vida.
“Tendo purificado a alma pela obediência à verdade, e com vistas ao amor fraternal não fingido, amem intensamente uns aos outros de coração puro” (1 Pedro 1:22) - a única fórmula capaz de nos fazer mais fortes é a disposição que cada um deverá empreender para amar os outros, pensando em ser para os outros um elo de segurança. O espírito não é de alguém que busca se salvar de uma enchente, mas de alguém quer ser a salvação de outro.
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