domingo, 31 de julho de 2011

O Espírito Santo e os Nossos Relacionamentos - 31 de julho de 2011

Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

A essência da Fé Cristã é que a morte de Jesus Cristo tem o objetivo de nos capacitar a se relacionar com Deus e com o próximo da maneira mais completa e perfeita. Mas por que não conseguimos fazer isso?
Ao perder a condição de perfeição em que foi criado, o ser humano, também perdeu sua capacidade de um relacionamento perfeito com Deus e o seu próximo. O primeiro efeito dessa perda foi o distanciamento entre Deus e homem e um abismo de antagonismo que se abriu entre o homem e o seu próximo, naquela oportunidade, entre Adão e Eva.  (Gênesis 3. 8 a 12).
Os relacionamentos são fundamentais para a nossa saúde social, emocional e espiritual. Precisamos de Deus e das pessoas para nos sentir bem e completos em todos os sentidos. Mas, infelizmente, nossos maiores problemas se concentram em uma enorme dificuldade nessa área. Por isso, a Escritura tem tantas exortações e orientações sobre essa matéria e não é à toa que o resumo de toda a Lei de Deus é “amar a Deus e ao próximo”.
O apóstolo Paulo escreveu sobre a necessidade de continuarmos progredindo na fé. Ele tocou em um ponto sensível ao exortar-nos a manter relacionamentos de amor profundos, baseados nos ensinos de Jesus (Efésios 5.21).
O apóstolo exorta a Igreja a investir no desenvolvimento de uma vida iluminada e isto, segundo o apóstolo, será visto quando tivermos relacionamentos sadios no plano horizontal (o homem e o seu semelhante), que redundará em um relacionamento muito melhor no plano vertical (homem e Deus).
Para esse amadurecimento, a primeira lição do apóstolo é que não podemos confiar apenas em nossos esforços para seguirmos nessa direção, precisamos nos relacionar bem com Deus, por isso diz: enchei-vos do Espírito.
Em segundo lugar, devemos trabalhar duro para este desenvolvimento e devemos fazer isso de forma coletiva: falando entre vós. Esse esforço conjunto não pode ser focado em um sentimento egocêntrico, ao contrário, se desejamos relacionamentos sadios e que mostram o crescimento do Reino em nós, devemos viver para servir ao nosso próximo: sujeitando-vos uns aos outros. Quando vivemos esse padrão, o Reino de Cristo cresce em nós e através de nós se espalha pelo mundo.

sábado, 9 de julho de 2011

Uma Mensagem Para Quem Se Cansou de Servir - 10 de julho de 2011

Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

Sempre ouvimos falar na Igreja que devemos servir. De fato, já sabemos que isso é necessário por muitos motivos, por exemplo, o serviço é uma demonstração de obediência a Deus, sem o nosso serviço a Igreja fica carente e desestabilizada em muitos sentidos, podemos dizer que, não servir é como uma negação de nossa condição de súditos do Reino.
Mas desejo considerar o serviço a Deus por um prisma um pouco diferente nessa meditação. Creio que é necessário que nos conscientizemos de que, se servimos a Deus, isso é um resultado do serviço do próprio Jesus.
No capítulo 15 de 1 Coríntios, o apóstolo Paulo, está propondo aos crentes que a ressurreição de Cristo é fundamental como fonte de nossa esperança e lugar neste mundo. Segundo ele, sem a ressurreição a nossa fé é vã e a nossa pregação, completamente falha e mentirosa (versos 14 a 17). 
No verso 20, Paulo inicia uma outra maneira de abordar o assunto, uma forma mais positiva e direta, pois ele afirma: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos”. Em seguida ele enfatiza o fato de que a ressurreição é apenas o começo de uma grande e vitoriosa obra de libertação, por meio da qual Jesus nos livra do poder da morte.
Meus irmão, mais do que combater uma falsa idéia da inexistência da ressurreição, o apóstolo Paulo está nos propondo que nos apeguemos à obra de Cristo como um motivo para continuarmos a nossa obra de serviço e dedicação ao Reino de Deus. Para ele, cada um de nós, deveria se certificar que todo o combate de Cristo visa o fato de nos dar condições de viver para Deus.
Cristo destrói o poder do pecado e da morte, os quais tentam nos induzir ao erro de não viver para Deus e, baseados nessa liberdade, você e eu temos motivos para nunca esmorecer em nosso esforço de servir a Deus.
Entretanto, muitos irmãos e irmãs, parecem um tanto cansados. Deixaram com que as tristezas ou mesmo as mágoas e decepções se tornassem mais fortes que o seu senso de serviço. Agora, não mais pensam na obra, mas voltaram o olhar para si mesmos.
Eu desejo fazê-los pensar no que Paulo nos ensinou neste grande capítulo da Escritura. Que haja mudança de atitude e, em lugar de um espírito esmorecido, um grande desejo de combate e serviço tome conta do seu coração. 
Na verdade, este é o desejo do próprio Cristo, por isso, revelou-se de forma maravilhosa neste texto. Ele estava pensando nestes momentos difíceis da vida, quando nenhum estímulo fora ou dentro da Igreja parece suficiente para nos fazer andar na direção certa. Então, ele apela a que eu e você olhemos para Ele, para a sua obra e nisso nos estimulemos: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Coríntios 15. 57 e 58). 

domingo, 3 de julho de 2011

O Poder Para Servir - A Obra do Espírito Santo - 03 de julho de 2011

Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

Não resta dúvida da reviravolta conceitual proposta pelo Evangelho. Quando Jesus Cristo disse, que em seu Reino, o maior é o que serve, estava propondo um visão revolucionária de poder, utilidade e valor do homem. Na verdade, o que Jesus estava fazendo era reencontrando o modelo original, daquele homem criado por Deus e sem pecado, cuja tarefa de cultivar e guardar o Jardim já lhe definia servo do seu Criador.
No Novo Testamento, com o derramamento do Espírito Santo, uma obra de origem celestial passou a acontecer na vida dos crentes, uma obra de transformação e capacitação espiritual, operada pelo próprio Espírito de Deus, a qual proporciona toda a condição para que alcancemos o modelo revolucionário proposto por Cristo Jesus.
Essa temática está presente em todas as epístolas neo-testamentárias, as quais nos chamam para “servir a Deus”, “servindo aos irmãos” e “servindo ao mundo”. Tal abordagem da vida e do seu propósito aponta diretamente para aquelas coisas mais importantes nas quais devemos investir nossos esforços e tempo, que são o caminho mais seguro para quem quer viver e agradar a Deus e que podem nos tornar mais completos e bem estruturados como seres humanos.
Mas que coisas são essas? O apóstolo Paulo as chama de “boas obras”, “fazer o bem”, ou ainda “não viver para si mesmo”, ou seja, atos de vida que nos levem na direção do cuidado do Jardim, em particular dos seres humanos que nos rodeiam.
A obra capacitadora do Espírito Santo está fortemente embasada nesse intento Divino, de nos fazer “servos dEle e uns dos outros”. O Espírito trabalhará para quebrar as nossas resistências pecaminosas ao papel de servos e também produzirá em nossa disposição mental mudanças para que desenvolvamos dons para o serviço.
O que a Escritura define como nosso papel nesse projeto revolucionário de Deus? A Escritura pede “espírito voluntário”, que ofereçamos nossa vida para ser transformada e passar a trabalhar dessa forma.
O amadurecimento de uma vida cristã, não se pode medir pelo quanto conhecimento alguém possui das Escrituras ou da Teologia Bíblica, mas o quanto este conhecimento já o levou a servir. Todos os que quiserem crescer na graça e no conhecimento de Cristo, devem saber que crescer é ser servo!