Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno
A expressão “Juízo Final” quase sempre nos conduz a uma sensação de medo. De fato, há algum sentido em que o “Juízo Final” deva produzir essa reação. Contudo, há um sentido em que esse Dia pode e deve ser considerado como um dia de grande alívio e alegria.
O JUÍZO FINAL - MIGUEL ÂNGELO (CAPELA SISTINA) |
Quando os apóstolos trataram esse assunto, levantaram alguns elementos que consideram fundamentais: a Igreja deveria considerar a realidade desse Dia; deveria também preparar-se para sua chegada; e, em terceiro lugar, não precisava temer, pois, nesse Dia, seria definitivamente resgatada de todas as suas dores e, abrir-se-lhe-iam os portais da Eternidade com Deus.
Pontuaremos sobre esse tema fazendo algumas considerações baseadas nessas perspectivas apostólicas, entretanto, olhando-as a partir de um texto do Velho Testamento, a profecia de Amós.
A primeira parte da profecia trabalha com o fato de que devemos realmente considerar a inevitável realidade desse Dia de Juízo (Amos 1.2 a 4.13): “...porque isso te farei, prepara-te para te encontrares com o teu Deus” (4.12). Com essas palavras, o profeta, assim como os apóstolos em seu tempo, define a necessidade premente de que o povo de Deus não viva desfocado desse Dia, ao contrário, que observe-se sempre em relação à chegada do Dia do Juízo.
Mas tal espera não é tão somente passiva, ao contrário, é exigido que o Povo de Deus tenha atitudes de preparação para este Dia, tais como “buscar a Deus” e “viver em retidão”. Esse é o tema de uma segunda porção do livro (5.1 a 8.14), como podemos ler em “Buscai ao Senhor e vivei...”(5.6).
O grande erro combatido nessa profecia é o da falsa religiosidade e a única resposta aceitável é uma mudança de vida, que faça o culto e a vida serem um só: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiros perenes”(5.23e24).
Por fim, o profeta apresenta o resultado do grande empenho de Deus em aconselhar assim o seu povo, qual seja, que o Dia do Juízo seja um dia de alegria e restauração, esse é o tema do capítulo 9: “Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as brechas...(9.11a15).
Creio que não ser difícil concluirmos o que precisamos fazer! O problema que encontramos é que, às vezes, mesmo sabendo a verdade, preferimos andar na direção oposta à ela. E essa louca rebeldia contra a verdade de Deus, para mim, constitui-se no inexplicável!
O que nos impede de tomar atitudes objetivas na direção da obediência...?
ResponderExcluirÉ o paradoxo que Paulo definiu sobre "o bem que quero não faço, e o mal que não quero acabo fazendo!"
Aí está a festa do dia do Juízo...nossa Redenção completa e finalmente libertos desse corpo de morte(Rm 7.24)pelos méritos de Cristo!
Perfeito, Gabriel! O meu problema é o mesmo de Paulo e tem a ver com o mal que eu não quero e faço!!!
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