Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno
No geral, pessoas religiosas entendem que as mensagens que precisam ouvir são sempre aquelas que lhes estimula pelo elogio e a auto exaltação. Entretanto, este não foi o método de Jesus.
Conquanto o Mestre também soubesse tecer elogios, na maior parte das vezes, sua palavra de exortação era o carro chefe de sua mensagem, como instrumento de estímulo aos discípulos.
Algumas vezes, Jesus se referiu à vida dos seus discípulos ilustrando-a com figuras da vida agrícola, tais como árvores, plantações, sementes, os próprios trabalhadores etc.
Entre as figuras mais usadas por Jesus para ensinar os seus discípulos a respeito do que o próprio Deus espera deles, encontramos a figura do “fruto”. Ele sempre se referia à frutificação como o resultado da vida íntima e saudável com Deus.
Por isso, algumas parábolas do Reino, pontuam sobre o perigo da ausência de frutos na vida do povo de Deus. Sempre que ele fala sobre isto, o faz de forma vigorosa, levando-nos a refletir seriamente sobre nosso estado espiritual, nossa vida de serviço e transformação pessoal.
A parábola dos “Lavradores Maus” (Mateus 21.33 a 46) é uma destas notórias exortações sobre o perigo de uma vida sem frutos. O ponto central desta exortação é advertir os discípulos contra o erro que havia sido cometido pelos sacerdotes e fariseus do tempo de Jesus.
Estes homens eram os responsáveis por instruírem o povo de Deus na prática da justiça, no exercício da misericórdia e na busca da jornada vivencial com Deus. Não obstante, desviavam o povo do Senhor. Estimulavam um tipo de segurança espiritual baseada em valores que não eram os de Deus. Viviam e ensinavam as pessoas a viverem para si mesmos.
Esta parábola é um alerta para a Igreja de hoje, a fim de que não se deixe enganar por aqueles que, interessados apenas em si mesmos, querem desviar o povo de Deus de sua finalidade.
A Igreja de Cristo não pode se comportar com imaturidade e não deve servir como jogo na mão de falsos mestres. Crentes em Cristo devem buscar o ideal de conhecer a vontade de Deus e oferecer-lhe a vida como fruto de lábios que honram o seu nome!
A Igreja não é um lugar de entretenimento bíblico, mas de preparação séria para a guerra contra o pecado, na busca de uma vida frutífera e que agrada a Deus.