domingo, 16 de março de 2014

Não na mão dos homens, mas nas de Deus!

Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Marcos, ao longo do seu evangelho, conectou duas ênfases: o segredo messiânico (aquelas passagens em que Jesus insiste em não buscar a popularidade - Mc 3.12; 5.43; 7.36) e o ensino da necessidade da Cruz (8.30-31 e 9.30-32).
Essas duas últimas enfatizam a rejeição de Jesus por grupos diferentes, as autoridades judaicas e os romanos. Pedro, no seu sermão do Dia de Pentecostes disse: “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós como milagres, prodígios e sinais (...) vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 2.22-23). E como podemos ver, mais uma vez é estabelecida a  conexão da cruz com a maldade de judeus e romanos (ou gentios).  
Em Marcos 9.30-32 estão conectados: o segredo messiânico, a necessidade da cruz e a falta de entendimento dos discípulos. E destas conexões tiramos algumas lições.
“Os Planos de Deus são superiores aos nossos” - Os judeus intencionaram silenciar Jesus através da mão dos romanos. Eles o traíram e ardilosamente o entregaram para a crucificação. Mas, a Cruz não o silenciou, antes tornou-se a sua mensagem e sinal mais significativos.
“Os Planos de Deus são vitoriosos” - Os romanos imaginaram que seu poder decisivo acabaria com toda a história de Jesus. Mas toda a arrogância do poder romano, que pretendia ser reafirmado na crucificação de Jesus, foi esvaziada pela sua ressurreição: “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória (...), onde está o teu aguilhão?” (1Co 15.54-55).
“Os Planos de Deus revelam nossa impotência” - Os discípulos não compreendiam por que tinha de ser daquela forma. Eles tinham suas opiniões e, achavam que sabiam o que era melhor. Se dependesse dos discípulos, talvez Jesus nunca tivesse ido à Cruz. Mas, eu e você sabemos que isso sim é que seria uma terrível derrota.
Às vezes, pensamos que somos capazes de construir nosso próprio caminho e fazer o que é melhor. Marcos, está nos ensinando a deixar Deus guiar a nossa história, mesmo quando não compreendermos bem aonde ele quer chegar.
Precisamos nos humilhar (1Pe 5.6) e nos inclinar à vontade de Deus. Com certeza, o maior desafio do crer é viver segundo essa fé, descansando nas mãos de Deus e não na mão dos homens. Escolha viver segundo o caminho de Deus e terá escolhido um caminho superior, a vitória e o verdadeiro descanso para o seu coração.


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