sábado, 8 de março de 2014

Cristo foi rejeitado, mas não nos rejeitou!

Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

Que motivos os líderes religiosos de Israel tinham para rejeitar Jesus e a sua pregação? Por que tiveram tanta dificuldade em aceitar a sua figura messiânica? Seriam os mesmos motivos que ainda hoje se manifestam em muitos corações que simplesmente nada querem saber de Jesus?
Os embates entre Jesus e os líderes religiosos de sua época foram bem intensos e constantes (Mc 3.22). Ficaram tão irados contra Jesus que sempre planejavam um modo de pegá-lo em alguma falha ou até mesmo matá-lo (Mc 11.18). Mas, o que os motivava?
Muitas coisas moviam o coração da elite religiosa de Israel contra Jesus. No entanto, devemos considerar que o principal problema estava no seu coração egocentrado. Eles não estavam dispostos a dizer não para si mesmos: “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34).
A autonegação está entre as coisas mais difíceis da vida cristã. Sempre que dizemos sim para nós mesmos e não para Jesus, estamos repetindo o erro dos escribas e fariseus. A regra de Cristo é simples, primeiro perder para depois ganhar: “Quem quiser, pois, salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, salvá-la-á” (Mc 8.35).
Aqueles homens estavam presos a preferências que os afastam de Cristo, fazendo-os rejeitá-lo.  Há sempre muitas formas de rejeitarmos Jesus. Podemos trocá-lo por um namorado novo, um carro novo, um programa de televisão, ou simplesmente por causa de dinheiro e honra pessoal. Às vezes, apenas o trocamos por nós mesmos.
Mas, é muito fácil olhar para os escribas e fariseus e denunciar a sua loucura. Mas, quando olharos para nós mesmos, temos coragem de encarar Jesus diretamente? Sobra ousadia em nosso coração para enfrentar o próprio pecado diante de Jesus?
O grande apelo do Evangelho é que nos arrependamos. Quando Pedro denunciou a rejeição e o pecado do povo de Israel em seu sermão no dia de Pentecostes, aqueles homens, perguntaram: “Que faremos irmãos?” (At 2.37). O apóstolo proferiu a sentença de alívio e perdão: “Arrependei-vos...” (At 2.38).

Este é o ponto! Somos chamados a dispor o coração ao quebrantamento e arrependimento. Hoje, ainda, podemos refletir sobre nós mesmos e clamar pelo perdão do nosso Cristo. Ele, embora, rejeitado pelos homens, aprovado por Deus, não nos rejeitou, mas amou. 


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