(textos extraídos de "O Diário de Simonton - 1852 a 1866" - Ed. Cultura Cristã - 2002)
Simonton nasceu em West Hanover no Estado da Pensilvânia. Aos 22 anos fez sua pública profissão de fé e desejava ardentemente servir ao Senhor. Entrou para o Seminário de Princepton e ali seu coração se encheu de paixão missionária, até que se apresentou à Junta Missionária para ser enviado à América do Sul.
Rio de Janeiro em 1889 |
Em 12 de agosto de 1859, depois de uma longa viagem de quase dois meses em um navio, ele desembarcou na Baía de Guanabara. Em seu diário ele escreveu: “É difícil descrever as emoções com que saudei estes elevados píncaros (uma referência ao Corcovado e ao Pão de Açúcar). O sentimento predominante é de alegria, pela conclusão feliz da longa jornada, aliado ao temor da grande responsabilidade e dos problemas do trabalho que me espera” (Diário, 11/08/1859).
Simonton aprendeu rapidamente o português e em seu primeiro ano no Brasil já iniciou uma escola dominical com os filhos de amigos e vizinhos. Ele também registrou no seu diário: “Este é o primeiro ano completo que passo no Brasil. Essa escola, algumas Bíblias e folhetos postos em circulação constituem o conjunto do meu trabalho entre os brasileiros. Sinto a minha falta de fé e oro por sucesso. Almejo pregar Cristo mais experimentalmente por ser capaz de falar daquilo que conheço, porque Cristo o revelou a mim” (Diário, 20/01/1861). E já no ano de 1862, iniciou a primeira igreja, com a recepção de duas pessoas por pública profissão de fé.
Em 1863, depois de uma viagem para os Estados Unidos, Simonton se casou com Helen Murdoch e isto deu início à uma nova fase no seu ministério: “Para mim, meu futuro lar no Brasil colore-se de cores vivas. Dou graças a Deus por ter me provido graça, coragem e amor no coração daquela a quem dediquei minhas afeições, a ponto de se dispor a se separar de amigos, do lar e da terra natal, a fim de compartilhar da minha vida e dos meus labores” (Diário, 23/02/1863).
Imagem do Boletim da IP Tubarão |
Entretanto, a alegria destes momentos seria interrompida um ano depois por um trágico acontecimento, pois no dia do nascimento de sua filha Sarah, Helen faleceu. Mais uma vez, o diário de Simonton revela o coração de sua vida: “Deus tenha misericórdia de mim, pois águas profundas rolam sobre a minha alma. Helen jaz num caixão na sala. Deus a retirou tão rapidamente que parece um sonho” (Diário, 28/06/1864).
Assim começou a vida e a obra do pioneiro do presbiterianismo na terra brasileira. Um jovem, dedicado ao Senhor, que apresentou a sua vida para ser instrumento de Deus para salvar outras vidas. Assim, cremos que Deus ainda hoje quer usar pessoas para continuar essa obra, superando obstáculos e se dispondo a seguir em frente, mesmo que diante das situações mais complexas e doloridas da vida.
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