sábado, 9 de julho de 2016

Os Atos do Espírito Santo e a Igreja

Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno

O relato de Atos dos Apóstolos tem como foco mostrar o desenvolvimento da Igreja de Cristo, após a ascensão do Senhor. Os apóstolos, como os grandes líderes da Igreja, foram as principais personagens desta história.
Rienk B. Kuiper sugeriu que o livro de Atos dos Apóstolos deveria ser chamado de “Atos do Espírito Santo”. Afinal, os “atos dos apóstolos” foram todos realizados porque o poder do Espírito Santo agia na Igreja e nos próprios apóstolos: Todos ficaram cheios do Espírito Santo... (At 2.4a).
A presença do Espírito Santo era o verdadeiro motor do poder espiritual da Igreja. Era a comunhão com o Espírito que dava a Pedro, Paulo, Filipe, Barnabé, Silas e a toda a igreja primitiva o poder para sacudir extraordinariamente este mundo com uma mensagem revolucionária: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (At 17.6c).
O Espírito Santo abria corações para ouvir a mensagem (At 16.14); levantava obreiros e os enviava (At 13.2); direcionava o ministério dos apóstolos (At 16.6-9); dava equilíbrio nas decisões (At 15.28); preparava o coração dos pregadores para enfrentar dificuldades (At 20.23) etc.. Podemos dizer que o ministério da Igreja era uma decorrência do ministério do Espírito Santo.
Olhando para este entrelaçamento tão profundo entre a Igreja e o Espírito Santo, refletimos o quanto, em nossos dias, nos falta viver esta atmosfera de proximidade e comunhão. Falamos em avivamento, mas não atentamos para a verdadeira vida no Espírito, queremos crescimento, mas não o buscamos no poder que vem do alto.
Estratégias, modelos de gestão, esteticismo litúrgico, retórica, política etc., não podem substituir e cumprir o papel da perseverança na doutrina, da comunhão, do partir do pão, das orações e da presença do Espírito Santo enchendo, capacitando, dirigindo e mudando nossas vidas e famílias.
Estes atos do Espírito Santo são a força da Igreja: “...não por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6). Sem isso, não haverá vida na Igreja e seremos como uma planta morta, com muitas folhas, mas sem nenhum fruto verdadeiro: “...e a figueira secou imediatamente” (Mt 21.19).

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