Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno
O presbiterianismo veio para o Brasil em 1859, por meio do trabalho missionário de Ashbel Green Simonton. Não demorou muito para se tornar uma força transformadora da cultura em nosso país.
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Imagem da Primeira Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro |
Ainda no processo de envio ao Brasil, Simonton recebeu a seguinte instrução da sua Junta de Missões: “Seus primeiros objetivos serão: ...verificar os meios de atingir com sucesso a mente dos naturais da terra” (RIBEIRO, 1981, pág.53). Foi com isso em mente que o jovem de 26 anos desembarcou na Baía de Guanabra, diante de uma das mais maravilhosas vistas naturais que contemplara até então. E não demorou muito para que descobrisse como executar esta missão.
Em menos de 4 anos de missão no Brasil, Simonton já contava notícias da congregação presbiteriana da Cidade do Rio de Janeiro, informando o crescente número de assistências aos cultos: “Nosso local de reuniões é muito apertado; todos da missão estamos convencidos de que precisamos de uma capela ou templo... É preciso acomodar o número sempre crescente de pessoas que vêm ouvir a pregação. Já nos mudamos uma vez, e logo teremos de nos mudar novamente” (RIBEIRO, pág.58).
Simonton insistia na construção de um templo, não somente porque precisava de espaço, mas porque avaliara que o brasileiro era muito desconfiado e muitas histórias afastavam as pessoas da igreja, tais como: “Diz-se que nos reunimos privadamente porque praticamos ritos horrendos e a maioria em mais medo que curiosidade” (RIBEIRO, pág.59). Tal desconfiança, segundo Simonton, limitava e prejudicava a influência da pregação presbiteriana sobre as pessoas.
A Missão enviou um outro pastor para avaliar a questão, o Rev. Emanuel N. Pires, o qual se encantou com a realidade presbiteriana no Brasil e relatou: “O Rev. Simonton tem razão: descobriu como atingir a mente dos brasileiros no culto e na pregação. Mas agora, ou se constrói um templo para 800 ou 1000 pessoa, ou talvez se perca a oportunidade” (RIBEIRO, pág.61).
O culto e a pregação foram as principais armas presbiterianas para atingir a mente dos brasileiros. Foi desta forma que o presbiterianismo, tão rapidamente, nos primórdios de sua trajetória no Brasil, revelou o seu poder transformador (Todas as citações foram extraídas de: RIBEIRO, Boanerges; Protestantismo e Cultura Brasileira - Casa Editora Presbiteriana, 1981 - São Paulo,SP).
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