sexta-feira, 21 de abril de 2017

Emaús e o Caminho da Vida Com Cristo

Dois homens caminham movidos por expectativas frustradas. Eles acreditaram que teriam uma vida melhor, quando conheceram Jesus de Nazaré, mas suas esperanças esvaíram quando os soldados prenderam Jesus e o levaram à Cruz. Tudo, porém, realmente se encerrou, quando a pedra foi movida para fechar o sepulcro.
Cleopas e o outro discípulo tinham como destino o vilarejo de Emáus, há uns 7 ou 8 km de Jerusalém (Lc 24.13). Eles conversavam sobre suas frustrações (Lc 24.14) quando Jesus se pôs a andar com eles (Lc 24.15), mas não o reconheceram (Lc 24.16).
Esse caminho de Emaús, pode ser uma ilustração da nossa própria vida. Em alguma medida, passamos por tempos assim, em que os acontecimentos parecem ir numa direção diferente daquela apontada pela fé. Mas é possível que estejamos vivendo o mesmo dilema, dos dois discípulos, pois podemos viver ao lado de Cristo, movidos não pela sua presença e sim por nossas falsas concepções sobre a vida. Quais os erros dos discípulos de Emáus que os levaram a tal condição? Como foram restaurados?
Os discípulos de Emaús erraram quando limitaram a sua fé em Cristo apenas a aspectos temporais: “...Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel” (Lc 24.21). O fato de terem ouvido que as mulheres tinham sido avisadas de que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.22-23), nada mudou em seu coração.
Jesus disse que erraram por serem tardios em crer nas Escrituras: “...Ó nescios e tardos de coração para crere tudo o que os profetas disseram” (Lc 24.25). Desta forma, o diagnóstico de Cristo sobre a fé deles é que ela não se estabeleceu fortemente nas Escrituras e por isso, ruíra facilmente diante da vida.
Jesus passou a falar-lhes sobre a glória do Cristo Ressurreto: “Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória. E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes, o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24.26-27). A partir das Escrituras, nossa relação com Deus ganha outros contornos. Nossa vida com Cristo se solidifica na medida em que a Verdade da Palavra produz a verdadeira santidade em nós.
Vida santificada não  se trata apenas de um melhoramento moral das condições da nossa vida, ela é uma tratamento da nossa união com o Cristo ressurreto. Ela se constrói na ação da Escritura em nosso coração: “Porventura não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24.32).


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