Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno
Quem assistiu os filmes de J.K. Howling, a
série “Harry Potter”, está bem lembrado da “King’s Cross Station” (Estação Cruz
do Rei) que, quase sempre, no início do filme era o cenário de partida de todos
os alunos que se dirigiam à Escola de Magia de Hogwarts. Mas se você não
assistiu o filme, também consegue compreender a importância do nome desta
fictícia estação: Cruz do Rei.
"A Sombra da Morte" - Willian Holmes Hunt |
Um
dos mais famosos quadros do movimento pré-rafaelita é do britânico Willian
Holmes Hunt que se chama: “A Sombra da Morte”. Nele, o pintor retrata a
carpintaria onde Jesus Cristo trabalhava com José, seu pai (Mc 6.3; Jo 6.42). A
cena apresenta Jesus no centro do quadro, voltado para a luz, tendo sua sombra
refletida na parede de fundo da carpintaria que, somada à paisagem do lugar das
ferramentas, criava a figura da crucificação.
Eu
acredito que este quadro retrata exatamente o que foi a vida de Cristo, isto é,
um viver em direção à Cruz. Da mesma forma, creio que a “Estação da Cruz do
Rei” também seja uma maneira correta de lembra
que, no caminho da coroação e da glória, Jesus teria de passar pela
estação da Cruz.
Ao
iniciar o seu Evangelho, Marcos nos diz que escreve para relatar a respeito de
Jesus Cristo, o Filho de Deus. A certa altura da sua história, Jesus começou a
ensinar que “era necessário passar pela Cruz” (Mc 8.31). Um detalhe importante
do modo como Marcos apresentou este ponto da vida de Jesus é fato de que ele
nos diz Jesus “ensinou sobre a necessidade da cruz” e não só anunciou um fato
inevitável.
Certamente,
a Cruz era uma passagem obrigatória para que Cristo Jesus completasse a sua
obra e alcançasse a glorificação (Jo 17.1-3). Ele, entretanto, não somente nos
chama a conhecer esta história e trajetória, mas nos convoca a fazer parte
dela, carregando nós mesmos as marcas da sua cruz, afinal ela é a nossa glória
(Gl 6.14-17).
Maturidade
de fé implica no desenvolvimento de uma percepção daquilo que realmente vale a
pena, do que enfim é o ponto importante da nossa existência, ou seja, aprender
que grande valor de tudo o que vivemos e
desfrutamos na vida está no quanto tudo pode nos levar a uma relação pessoal e
profunda com Deus.
Cena do Filme - Harry Potter e a Pedra Filosofal |
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