Todo organismo saudável apresenta níveis
naturais de crescimento. Espera-se que o desenvolvimento de um corpo vivo se
revele na sua capacidade de alcançar maturidade, isto é, empreender algum tipo
de crescimento. A Igreja não é diferente, afinal, ela também é um corpo vivo e
pode ser acompanhada em termos de seu desenvolvimento, quer numérico ou
amadurecimento espiritual e moral.
No entanto, como realmente devemos encarar o
crescimento de uma igreja? O que devemos esperar? Será mesmo correto pensar que
nada devemos fazer e que o crescimento virá sem nenhuma parcela do trabalho de
todos nós? Será que devemos ser mais pragmáticos e promover ferramentas de
crescimento, como aumento de eficiência na captação de novos membros?
O apóstolo Paulo parece indicar que a
ferramenta do crescimento de uma igreja passa pela capacidade de “operarmos no
modo amor”: “Mas, seguindo a verdade em
amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo,
bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação
de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em
amor” (Ef. 4.15-16).
O ideal da maturidade cristã tem um padrão e
este é a “verdade”. Ela é quem deve ser o guia do crescimento da igreja em
todos os sentidos. Não existe maturidade sem verdade. Até mesmo o crescimento numérico
deve ser considerado saudável, quando as pessoas estão agregando-se ao corpo,
por causa da verdade, quando esta lhes atrai.
O sinal mais óbvio da operação da “verdade” é o
“amor” que ela causa. A Lei de Deus é resumida na palavra “amor”, portanto,
toda a verdade nos conduz à prática do amor. Seguir a verdade em amor não está
se referindo ao amor que devotamos à verdade, mas o amor que a verdade provoca
em nós.
A verdade nos faz amar mais a Cristo e ao próximo,
por isso, ela nos leva à uma relação de completa intimidade e obediência ao
cabeça, tanto quando nos faz cooperar com ele, através do cuidado e apoio que
devotamos uns aos outros.
Esta é fórmula de crescimento que emerge da
Palavra da Verdade, a qual afirma que o amor é um alvo da vida cristã. Esse amor
de que falamos não significa ausência de imperfeições, mas uma capacidade
grande saber trabalhar para que todos sejam aperfeiçoados, afinal, todos somos
fracos e falhos. A nossa estratégia é a de saber suportar uns aos outros em
amor.
Ao final, mais um alerta: operar no modo amor, não se trata efetivamente
de medir o quanto as pessoas nos amam, mas, primordialmente, do quanto nós
amamos e estamos dispostos a deixar-nos amar.
Ótimo texto, gostei.
ResponderExcluirBom domingo a todos, abraços de: Isaias e Zuleide.
Isaías... gentileza e capacidade de apreciar o que vem do outro é sempre um ato de amor. Deus te abençoe por fazer isto sempre...
Excluir