Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno
Às vezes, parece ser muito simples dizer: Jesus Cristo morreu por nós. De fato, a frase sugere um conteúdo simples no qual devemos crer. Não obstante a simplicidade da fé, a obra de entrega de Jesus custou-lhe muitíssimo caro e foi um trabalho de grande complexidade em todos os sentidos.
O profeta Isaías nos diz assim: “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado” (Is 53.10). Em outras palavras, para Jesus a morte na cruz não era apenas o final de sua vida biológica, mas apresentava-lhe muitos outros desafios. O mestre sofreu dores no corpo, mas também profundas dores na alma.
Ao SENHOR agradou moê-lo - pode parecer uma simples frase de efeito, mas não é! Jesus foi triturado em sua alma. Ele, que nunca experimentara a falta de comunhão com Deus, que nunca vivera um segundo sequer sem a presença de seu Pai Celestial, por alguns momentos no Gólgota teve roubada completamente a alegria da comunhão com Deus. Por isso, desesperadamente ele clamou: “Lama Sabactani?” (Por que me desamparaste?)
Ele não estava reclamando com o Pai, nem desabafando contra o seu bondoso Deus. Mas à sua procura, como uma criança, em um lugar escuro e desconhecido, clamou pelo Pai.
Fazendo-o enfermar - o pecado atinge o homem no mais profundo do seu ser, a sua alma. Jesus não sabia o que era sentir isso, não podia sabê-lo, pois não pecou jamais. Nunca o pecado lhe fizera uma só ferida na alma. No entanto, ao ser levado à Cruz e sentir o golpe da perda de comunhão com Deus, pesaram-lhe na alma todas as feridas que os nossos pecados podem causar à alma de um homem. De uma só vez, ele foi golpeado pela morte espiritual, produzida pelos pecados do seu povo.
Por que Jesus suportou tudo isso? Por que não ouviu o que disse o ladrão e saltou daquela cruz, simplesmente derretendo os soldados com seu poder?
Jesus suportou tudo isso por amor a mim e a você. Porque esse preço não nos seria possível pagar, então, Ele firmemente sofreu em nosso lugar. Por mais que soframos nesta vida, temos o privilégio de dizer que da maior de todas as dores e do pior dos sofrimentos fomos libertos, por aquele que nos amou e pagou o preço por nós.
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