Autor: Rev. José Mauricio Passos Nepomuceno Entre as maiores angústias que sofremos neste mundo considero estar presente a “ingratidão”. A ingratidão revela o pior lado do ser humano que é o egocentrismo e o desprezo pelo outro. Imagine-se tendo ajudado alguém que, sem o menor lampejo de tristeza, cause-lhe momentos de dor. Pense, por um instante, se tal pessoa sequer considerasse importante qualquer benefício que você lhe tivesse proporcionado. Simplesmente, de nada se lembrasse e nada do que você tivesse feito pesasse a seu favor e, pensando somente em si, virasse-lhe as costas e fosse embora causando-lhe todo o desgosto. Muitos passam por isso e veem-se às voltas com a ingratidão e todo o peso de dissabor emocional que ela causa. Quero refletir com você sobre a ingratidão com que muitos tratam o próprio Deus. E imaginar, neste caso, o que ela pode causar na vida do próprio ingrato. Desejo considerar a possibilidade de pensar que pessoas ingratas sejam as maiores vítimas de sua ingratidão, principalmente quando a sua ingratidão é contra Deus. Quando o salmista anunciava que “bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao Nome do Altíssimo, anunciando de manhã a misericórdia do Senhor e a sua fidelidade” (Salmo 92.1 e 2), ele estava propondo um modelo de abastecimento da mente, que o levaria a uma condição de felicidade ao longo do dia. Por outro lado, ele comenta sobre os homens que não são capazes de bendizer a Deus desta forma e diz: “O inepto não compreende, e o estulto não percebe isto” (Salmo 92.6). Pensando neste salmo, podemos dizer que um dos problemas da ingratidão é a impossibilidade de alegrar-se com bênçãos recebidas. Ou seja, o ingrato não pode regozijar-se de forma sadia naquilo que Deus lhe fez, por dois motivos: ou ele não se lembra ou, em sua postura ingrata, prefere não quebrantar o seu coração para dizer: Deus me ajudou! Portanto, sem dúvida, o ingrato torna-se uma vítima de si mesmo. O ingrato também tem dificuldade imensa de se voltar a Deus uma segunda vez. A vergonha, muitas vezes causa grande dificuldade, pois, enquanto ele se mantém em sua redoma de ingratidão, seu relacionamento com Deus não flui livremente para sentir-se amado e perdoado e ele é, novamente, a principal vítima. |
Quem são esses infelizes ingratos? São todos os que, sendo alvos de tantas graças de Deus, viram-lhe as costas, não o louvam, nem se deixam conduzir por sua Lei. São pessoas que usufruem de Deus e de suas bênçãos, mas não lhe prestam a honra como servos humildes e dedicados. São egocêntricos e estão fadados a receber o amor de Deus, sem senti-lo. Isso é muito triste!
Sendo assim, eu o conclamo, meu amado irmão, a manter viva em sua memória os benefícios do Senhor e seguir a Jesus com um coração grato. Procure reconhecer o que o Senhor tem feito em sua vida e usufrua deste amor. Não apenas se regozijando nas bênçãos, mas no amor dAquele que o abençoa.
Uma vida de intensa gratidão a Deus lhe dará a condição de viver a atmosfera deste amor de uma maneira constante e muitos momentos da vida receberão nova perspectiva, pois o coração grato, bendiz ao SENHOR.
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