segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Contra as forças espirituais do mal

Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

"Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais"
 (Efésios 6.12). Para o apóstolo Paulo, o crente deveria ter uma noção clara sobre a realidade de um mundo não material maligno.
Pedro, por sua vez, fez referência a este conceito ao afirmar o assédio contínuo do Diabo (1Pe 5.8). E João, em Apocalipse, deixou claro que houve uma grande batalha entre os exércitos de Deus e espíritos malignos (Ap 12.7-8).
As Escrituras afirmam a existência de uma realidade maligna, não material, invisível, cuja atividade central é opor-se ao Reino de Deus e, naturalmente, à Igreja de Cristo no mundo (Ap 2.10). A questão que levantamos nessa reflexão não é se devemos ou não crer nisso. O que nos perguntamos aqui é: como devemos reagir?
O ensino bíblico sobre a questão do mal e da existência de seres malignos os demônios é que eles não representam um poder maior ou igual ao de Deus.  A suposta oposição que fazem ao Reino de Deus não é uma resistência entre iguais. As Escrituras ensinam que Deus é o Senhor de todas as coisas e até os demônios se submetem ao seu poder (Rm 8.38-39; Mc 1.27).
A atitude esperada do povo de Deus diante da realidade do maligno não é a negação, nem a supervalorização, mas a confiança absoluta no poder superior de Deus (Is 43.13).
Deus propõe que nossa fé nele será suficiente para nos preservar diante desta “batalha” nas regiões celestiais (1Jo 5.18). Essa fé pode ser a mola mestra a nos impulsionar a seguir adiante na nossa árdua jornada de servir a Deus neste mundo.
Ao expulsar demônios, Jesus nos deixou sinais do seu poder sobre o maligno. Os evangelistas, ao registrarem essas inúmeras oportunidades em que Cristo expulsou demônios,  desejavam que a nossa segurança em Cristo aumentasse e nos  ajudasse a continuar nossa vida com Deus.
O que esperamos da Igreja de Cristo diante do maligno? Esperamos que ela esteja consciente de que não pode vacilar e que mantenha sua confiança naquele que está a seu lado está aquele e que é capaz de destruir o mal com o sopro de sua boca (2Ts 2.7-8).
“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). Foi com essa certeza no coração que os discípulos saíram mundo a fora anunciando o Evangelho e destruindo as fortalezas do mal (2Co 10.3-5) e prevalecendo contra as portas do inferno (Mt 16.18). 


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