Autor: Rev.José Mauricio Passos Nepomuceno
“Mas Jesus lhes advertia severamente que
o não expusessem à publicidade” (Marcos 3.12). Evidentemente, essa não seria
uma estratégia de muitos evangelistas de nossos dias. Com certeza, boa parte
dos mais “famosos” ministérios atuais, jamais dispensariam uma publicidade como
esta.
Algumas vezes, nos perdemos em nossas
tarefas diárias. Devotamos muita atenção às coisas periféricas e não
trabalhamos pelas que realmente importam. Gastamos todo o tempo disponível com
detalhes e tratamos de forma imprópria o principal.
Observamos nessa passagem, que Jesus
mantinha o foco em sua missão e o seu objetivo não era a cura do corpo, mas a
cruz e o derramar do seu sangue, que libertaria os homens da sua maior doença,
o pecado.
Jesus realizou curas e se importava com
as pessoas (Mc 3.10). Mas, sabia que o problema do pecado e da distância do
homem na sua relação com Deus deveria ser o foco de toda a sua atenção. Embora
apontassem para sua messianidade, as curas que realizava eram apenas
instrumentos de um plano muito maior e mais importante.
Quando os espíritos imundos se prostraram
diante dele e exclamaram a respeito da sua origem divina: “Tu és o Filho de
Deus”, Jesus lhes ordenou que não o expusessem publicamente. Essa exigência
de Jesus aos espíritos prevenia a inversão dos valores, a troca do principal
pelo acessório.
Em outras palavras, podemos dizer que
ainda não era chegada a hora do confronto final com as autoridades judaicas,
não havia chegado o momento da cruz e Jesus não deixaria nada interferir no seu
propósito libertador.
Mesmo sendo cristãos, nem sempre estamos
dispostos a priorizar a eternidade. Nossos olhos se distraem com as glórias
deste mundo e perdemos o foco máximo de nossa existência. As suas prioridades
controlarão a sua vida, você já pensou nisso?
Como Jesus Cristo, dedique-se a tudo, mas
saiba o que é prioritário e cumpra essa tarefa. Precisamos agir com fé neste
mundo. Isto implica em uma clara percepção de que a realidade do Reino de Deus
deve ser considerada no modo como vivemos.
A verdadeira cura que precisamos é a
transformação do nosso coração. Um coração verdadeiramente curado pelo
Evangelho é capaz de discernir a vida e viver para Deus. Neste novo estado, o
homem se encontra com sua verdadeira prioridade e ela tem um nome: vida
eterna!
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