Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceo
O Novo Testamento não somente nos apresenta Jesus, ele nos conduz a reconhecer o seu senhorio sobre todas as coisas: “E pôs todas as coisas debaixo dos seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja” (Ef 1.22). Para os apóstolos, a Igreja de Cristo, vivendo em um mundo hostil e perseguida, precisava discernir sua fé e concentrá-la verdadeiramente no fato que era parte de um Reino superior, ligado ao verdadeiro Senhor de todas as coisas (Cl 1.13-16).
Jesus Cristo homem, cujo nome está acima de todo o nome, não conquistou essa autoridade sobre a vida e a morte por que realizou sinais. Na verdade, o grande sinal que deu a Jesus o poder sobre todas as coisas foi a sua entrega na cruz (Fp 2.8-11).
A Cruz de Cristo é o ponto de mudança mais importante da História, a plenitude dos tempos (Gl 4.3-5). Na cruz, Deus estabeleceu Cristo Jesus como o foco para o qual toda a Criação deve olhar. A Cruz nos atrai à Ele e cristocentriza o universo (Jo 12.32, Ef 1.10).
Os apóstolos trabalharam intensamente para que a Igreja entendesse a Cruz de Cristo e confiassem nos efeitos restauradores que emanavam dela. Todos os cristãos deveriam viver neste mundo com os olhos do coração fitos na Cruz. Por isso, a pregação apostólica era a pregação da Cruz (1Co 1.23; 2.1-2; 1Pe 2.24; 3.18).
A missão de Jesus tinha foco. A Cruz era o alvo máximo de toda a sua jornada. Ele foi feito Senhor de todas as coisas, porque se moveu no caminho espinhoso de se entregar por nós: “...o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1Pe 3.18).
Assim como o ministério de Jesus ressaltou a cruz e os seus apóstolos nela se gloriaram, também nós devemos encarar esse mundo com a consciência absorvida pelo fato de que a Cruz nos conduziu ao Reino do Filho: “a saber, que Deus . Deus estava em Cristo (na cruz), reconciliando consigo o mundo (2Co 5.19).
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