Autor: Bel Marcos Cleber Santos Siqueira
David Livingstone nasceu na Escócia, em 1813. Quando jovem, decidiu propagar o evangelho na África, tornando-se o maior missionário daquele continente. Anos mais tarde, outros missionários resolveram retomar os caminhos de Livingstone. Quando começaram a falar de Cristo e de Seu amor, foram surpreendidos pelos nativos: “Nós já conhecemos este homem! Ele viveu aqui conosco!”. “Não é bem isso”, responderam os missionários. "Estamos falando de Jesus Cristo, que viveu há quase dois mil anos”- explicaram os evangelistas. Posteriormente, os missionários ingleses entenderam que Livingstone teve uma vida tão exemplar que foi confundido com o próprio Cristo.
Semelhantemente, somos chamados para sermos testemunhas de Cristo no contexto em que estamos inseridos. Ser testemunha refere-se a uma pessoa que presenciou um acontecimento ou alguém que apresenta um testemunho no qual defende ou promove uma causa. Embora nobre, tal tarefa não é simples, principalmente quando consideramos nossa pecaminosidade. De fato, não conseguiremos sozinhos ser testemunhas fiéis de Cristo. Precisamos mais do que boas intenções, precisamos do poder do Alto.
O que qualificava e impelia os apóstolos a serem testemunhas de Cristo era o poder do Espírito (At 1.8). Tanto o Espírito quanto os apóstolos compartilhavam da mesma atividade, dar testemunho, “o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis...” (Jo 15. 26-27).
Jesus concede ao Espírito Santo o título de Consolador (do grego, parakletos). O termo denota alguém que é chamado para o auxílio ou defesa de outrem. Na cultura da época, em um contexto jurídico, o acusado defendia-se por meio de uma testemunha. Não era necessário que o “advogado” do acusado fosse um profissional altamente treinado, mas alguém que o conhecesse intimamente e o defendesse, alguém que tivesse acompanhado a vida do acusado e pudesse testemunhar, um amigo íntimo.
O Espírito Santo foi o constante companheiro do Filho em Seu ministério, desde o ventre até o túmulo e o trono. Neste cenário, o Espírito é, idealmente, o indicado para ser a principal testemunha em prol de Cristo. O Espírito, que habita em nós, testemunha de Cristo aos nossos corações para que testemunhemos dEle (1Co 12.3).
Aquele que tem o Espírito, tem o testemunho de Cristo em seu coração. Aquele que tem o Consolador, tem a presença bendita do Salvador em seu ser. Aquele em quem o Santo Espírito habita é capacitado com poder para testemunhar do Senhor.
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