sábado, 7 de junho de 2014

Pentecostes - Verdade e Vida Para as Nações

Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

No dia de Pentecostes, segundo a promessa de Jesus, desceu sobre os discípulos o Espírito Santo e lhes concedeu que falassem às diversas nações r
epresentadas em Jerusalém. O ponto central deste momento não era o fato de que os apóstolos estavam falando em outras línguas, mas que povos de diversas línguas podiam ouvir a respeito das “Grandezas de Deus” (At 2.11). Deus, naquele dia, estava reunindo as nações para ouvir a voz do Evangelho.
Jesus, ainda no cenáculo da Páscoa, havia dito aos seus discípulos que o Espírito viria e conduziria os homens à verdade, fazendo-os ouvir a voz do Cristo glorificado: “Quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16.13-14)
Quando voltamos no tempo por meio do texto bíblico, nos deparamos com o episódio em que, num ato de juízo, o Senhor espalhou os seres humanos pela terra, quando lhes confundiu as línguas na “Torre de Babel” (Gn 11.9). Desta forma, Deus punia a arrogância humana, dificultando a comunicação entre as diversas famílias, as quais dariam origem às mais diversas nações.
A partir daquele dia, para que alguma nação ouvisse sobre as grandezas de Deus seria necessário ir à Israel. No Pentecostes, entretanto, Deus operou o milagre de permitir com que o seus discípulos caminhassem na direção de todas as nações e fossem capazes de anunciar o Evangelho das grandezas de Deus: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (At 1.8).
A presença do Espírito Santo no seio da Igreja é particularmente sentida quando somos guiados à verdade e a Palavra de Deus se torna eficaz na nossa vida, operando mudanças que nos fazem mais obedientes e capazes de viver segundo o padrão de Cristo (Ez 36.26-27). Mas essa presença deve se manifestar também na nossa consciência como divulgadores dessa Palavra. 
O Pentecostes veio trazer à humanidade a possibilidade de ouvir o Evangelho e à igreja a responsabilidade de ser o seu porta voz. Quando somos omissos ou nos equivocamos no anúncio da verdade, caminhamos na direção oposta da vontade de Deus e reeditamos, por conta própria, a dureza do juízo do episódio de Babel e os homens se mantém confusos. Portanto, verdade e vida se unem na Igreja, que prega o Evangelho e o vive no poder do Espírito Santo. 

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