sábado, 20 de outubro de 2018

Antecedentes da Reforma - A Igreja Pós-apostólica


O final do Primeiro Século trouxe uma grande lacuna para a Igreja Cristã. A morte de João, na Ilha de Patmos, lançou a Igreja em um novo desafio: existir no mundo sem a presença de nenhum dos apóstolos.
Este período teve alguns momentos distintos, um início denominado “Patrístico”, quando a igreja foi conduzida por irmãos que haviam convido com os apóstolos e por meio do seu exemplo e escritos; um período posterior, conhecido como “Apologista”, quando teólogos da Igreja se puseram a lutar contra heresias que se espalhavam no seio do cristianismo e um outro período chamado “Ecumênico”, no qual a Igreja se organizou teologicamente em torno das decisões dos grandes “Concílios Ecumênicos”.
Os pais apostólicos foram um importante elo entre a igreja e a mensagem deixada pelos apóstolos e por Cristo. Foram eles que inauguraram a fase em que a Igreja começa a olhar para trás para construir sua fé. Eles nos levaram a perceber que a nossa fé foi estabelecida na mensagem que Cristo deixou aos seus apóstolos e estes à igreja, sobre o modo correto de ler e aplicar toda a Lei de Deus.
Entre os nomes mais destacados deste período encontramos: Clemente de Roma, Orígenes, Policarpo de Esmirna, Inácio de Antioquia, entre outros. Estes homens ofereceram vários escritos históricos, teológicos, cartas eclesiásticas, cartas a pessoas e deixaram um grandioso legado que hoje nos serve de referência para estudos sobre o desenvolvimento da fé cristã.
Um segundo momento da História da Igreja, no segundo e terceiro e até no quarto século, ficou conhecido como período apologista. Em virtude do surgimento de muitas heresias no seio do cristianismo, foi necessário que a fé cristã começasse a buscar a pureza da sua crença em Cristo e do ensino apostólico. Este foi um período especialmente teológico.
Nomes como Justino Mártir, Clemente de Alexandria, o próprio Orígenes, Atanásio,  entre muitos outros levantaram-se e iniciaram um outro comportamento, o de responder ao mundo as acusações falsas, bem como livrar o cristianismo das misturas indevidas das filosofias pagãs. Entre os maiores nomes deste período destacamos Aurélius Agostinus (354-420), também conhecido como Santo Agostinho. Ele se tornou um dos maiores teólogos de todos os tempos, levando a Igreja a um  aprofundamento teológico dos estudos das Escrituras Cristãs.
Todos estes nomes lutaram pela pureza e biblicidade da fé cristã. Esta foi uma temática da igreja: sempre retornar a Cristo.


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