sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Evangelho do Amor Vence Barreiras


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

Imagem do BLOG do Pr. Gilson Soares
Às vezes, estamos tão acostumados com o Evangelho e a evangelização que mal percebemos a força de sua proposta.
Quando Jesus anunciou que toda a autoridade tinha sido lhe dada no céu e na terra e conclamou os discípulos a pregarem o Evangelho e fazerem discípulos de todas as nações, o Mestre estava propôs uma noção revolucionária de salvação (Leia Mateus 28.18 e 19).
Ao encerrar o seu Evangelho com estes anúncio, Mateus conclamou a Igreja de Cristo a viver sob sua autoridade e a conhecer o revolucionário amor que vence todas as barreiras.
Devemos lembrar que, aqueles discípulos de Cristo eram judeus e que a Igreja inicial era, em sua maioria, composta por descendentes de Israel. Eles, no cerne de sua história, erraram muitas vezes, por considerar que Jehovah era uma propriedade exclusiva deles.
Agora, entretanto, com a proposta deste amor revolucionário de Deus pelas nações, as antigas promessas à Abraão se tornaram claras e possíveis: “...em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3). A Igreja de Cristo é convocada e enviada a viver sob a autoridade de Cristo para amar todos os povos.
A evangelização não deve nunca ser reduzida a uma estratégia de crescimento da Igreja. Evangelizar é um componente da verdadeira natureza da Igreja, que é a “Comunidade do Amor de Deus”.
Apresentar o Evangelho às pessoas é a mais clara demonstração de nosso amor por elas e de nossa compreensão e amor a Cristo. Por isso, é que o “Evangelho do Amor de Deus” vence todas as barreiras, porque ele nos convoca a amar sem buscar nada em troca.
Como Igreja do século XXI, também somos convocados a crer na mesma autoridade e princípio que levou aquela igreja do primeiro século a vencer todas as barreiras. Eles foram chamados a vencer a barreira étnica, tão significativa para eles. Nós, por nossa vez, somos chamados a vencer esta e muitas outras que ainda nos impedem de perceber as pessoas e amá-las.
“Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”(Gálatas 3.28). Não há melhor entendimento do Evangelho que vencer toda e qualquer barreira para anunciar que Cristo é Rei aos que ainda não o conhecem. Supere os seus obstáculos e não se limite, ame ilimitadamente em Cristo Jesus.

sábado, 20 de abril de 2013

Sob a Autoridade de Cristo


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

O Evangelho de Mateus é surpreendemente um evangelho sobre a construção do Reino de Cristo. Digo surpreendente porque Mateus, um publicano, antes odiado pelos judeus, tornou-se um arauto do Reino do Messias.
Esta aparente ironia do plano divino pode mostrar intencionalmente o rompimento de todas as barreiras humanas que haviam sido levantadas no coração dos homens. Cristo viera à terra iniciar um Reino que exerceria toda a autoridade sobre os homens.
O Evangelho constantemente testemunha sobre a autoridade de Jesus Cristo. Por exemplo, a admissão de que seu ensino apontava para a sua autoridade (Mt.7.29); o objetivo de cada um dos milagres, que era  ressaltar a autoridade de Cristo (Mt.8.9 e 9.6 a 8); ou ainda quando os inimigos de Cristo inquiriram sobre a sua autoridade e a resposta de Jesus veio a confundir a altivez destes homens (Mt.21.23 a 27).
Tudo isto indica que a base mais fundamental da vitória da Igreja no anúncio do Evangelho e o espalhar do Reino de Cristo pelo mundo é a autoridade de Cristo sobre todas as coisas. Mateus propôs aos crentes de seu tempo que exercessem seu papel de divulgadores do Reino com todo a ousadia.
Não foi, portanto, à toa que Mateus culminou o seu Evangelho com uma palavra gloriosa de Cristo sobre o status a que foi elevado após a sua ressurreição: “Jesus, aproximando-se, falhou-lhes dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt.28.18).
Mateus nos exorta a seguir em frente, ele ressalta a base de estímulo para continuarmos a jornada. Os discípulos creram nestas palavras e transtornaram o mundo de sua época. Eles levaram o Evangelho até os  seus limites pessoais e deram a vida por isto.
Crentes precisam seguir adiante, mas não podem fazê-lo apenas por si mesmos. Discípulos de Jesus que esperam cumprir o seu papel neste mundo devem fundamentar a sua vida nesta premissa gloriosa: Jesus Cristo Reina com toda a autoridade.
No céu e na terra, expressa a abrangência de sua autoridade. Por isto, jamais, nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Por isso, eu e você podemos seguir adiante, sem temer, sem vacilar. Temos um Senhor no céu, que cuida de nós e vai adiante de nós. Cristo Jesus, Senhor! Aleluia, o Reino é real!
Não lutamos sem propósito, não vivemos sem esperança, porque existimos para Deus e seu Reino!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os Poderes da Dúvida


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

"Tomé" - Caravaggio
Nos dias posteriores à ressurreição de Jesus, uma das marcas do relacionamento dos discípulos com o Mestre ressurreto foi a presença da dúvida em seus corações.
Jesus contrastou a dúvida com a fé. Ele, diante da dúvida de Pedro quando este atentou para os ventos e retirou o olhar do Senhor, repreendeu o discípulo dizendo: “...Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (Mateus 14.31).
Inicialmente, precisamos considerar que a dúvida tem o avassalador poder do afastamento. No tocante à fé cristã, a dúvida pode causar o distanciamento e até mesmo a morte do relacionamento vivo com Deus.
Foram as dúvidas no coração, aliadas com a forte inclinação da alma para o egocentrismo, que afastaram o jovem rico de Jesus. Da mesma forma, As dúvidas de muitas pessoas, às mantém alheias a Cristo, procurando-o a uma distância segura para a sua dúvida. Neste caso, a dúvida tornou-se um ídolo do coração e o servem reverentemente, impedindo o coração de absorver a vida de Cristo.
Mas, quando olhamos por outro lado, a dúvida também tem o poder maravilhoso de alavancar a fé e nos impulsionar ao mais glorioso passo da relação com Deus, o conhecimento.
Lembro-me de minha professora de hebraico. Ela dizia que a principal palavra do hebraico é: “lama?” (Por quê?). Assim, insistia com os alunos que “duvidar era o primeiro passo do aprendizado”.
Fugindo ao tom filosófico da afirmação acima, pensemos em Tomé, que duvidou. Ele, afrontosamente duvidou de Jesus e textualmente desejava confrontar os fatos, até que se encontrou pessoalmente com as respostas às suas dúvidas.
Ele,  tocando as mãos e o lado ferido de Jesus, permitiu que as cicatrizes de Jesus cicatrizassem suas dúvidas. Foi assim que ele creu: “Senhor meu e Deus meu!” Esta declaração de Tomé, tornou-se em uma das mais corajosas declarações de fé em Jesus de todo o Novo Testamento.
A dúvida não será um problema se for honesta e sincera diante de Deus. Podemos perguntar a Deus coisas que não sabemos e até as que duvidamos, só não podemos ficar longe das suas respostas.
Sua dúvida, se for honesta, poderá derrubar a distância e levá-lo a viver próximo de Deus. Quando tiver qualquer dúvida sobre sua relação com Deus deixe-o mostrar-lhe quem Ele é. Sua dúvida será vencida pelo amor do Pai que produzirá vida  em seu coração.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A Força da Verdade Contra a Mentira


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

O Cristianismo tem sobrevivido a muitas dificuldades. Nos primeiros séculos, a Fé Cristã, sofreu intensa perseguição. Durante a Idade Média, teologias nocivas penetraram nas fileiras da Igreja e costumes do paganismo procuravam desfigurar a fé cristã genuína. Não faltaram aqueles que intentaram contra a Fé Cristã sugerindo sua morte, ou acusando-a de preconceito e anti-intelectualismo.
Todas estas ameaças, ataques e difamações foram vencidas pela Fé Cristã. As suspeitas sobre o futuro do Cristianismo sempre se levantam e ainda não faltam aqueles que preconizam sua morte ou seu infortúnio. A questão, para a qual chamo a sua atenção nesta mensagem é: o que levou e leva o Cristianismo a sobreviver a tantos ataques e forças contrárias?
Um dos momentos mais marcantes da vitória do Cristianismo sobre os levantes contrários está registrado no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 5. Os líderes do judaísmo, em particular o Sinédrio, liderado pelo Sumo Sacerdote, procuravam fazer calar a voz dos apóstolos. Estes, entretanto, estavam dispostos a dar a vida, pois sabiam que pregavam a verdade de Deus, diziam eles sobre a ressurreição e sobre Jesus de Nazaré ser o Cristo: “ora, nós somos testemunhas destes fatos (Atos 5.32). Esta convicção da verdade impulsionou e encheu de coragem a igreja primitiva e os seus principais representantes, os apóstolos.
Naqueles momentos, os inimigos da fé, acusando-os de blasfêmia e outras mentiras, tentaram matá-los. Foi a intervenção lúcida e providencial de um homem sábio que os livrou. Este homem era Gamaliel, professor daquele que seria conhecido como o pregador dos gentios, o apóstolo Paulo.
Gamaliel, acatado por todos, lhes dirige palavras cheias de sensatez, levando os judeus a
pensarem melhor sobre o que estavam por fazer àqueles homens (os apóstolos). No bojo de seus argumentos temos as seguintes Palavras: “...deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los” (Atos 5.38 e 39).
A mentira jamais destruirá a verdade. A força da nossa fé vem de sua origem: Deus. Quero incitá-los a confiarem nas verdades que lhes foram anunciadas e convidá-los a permitir-lhe invadir e encher cada espaço de sua mente e recanto da sua alma. Desta forma, seremos tomados da força vital, que move os que creem na Verdade.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Ressurreição Como Um Modelo de Vida


Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno

O “Domingo da Ressurreição” é uma data muitíssimo especial do calendário cristão. Neste dia, em particular, o crente deve parar para refletir a respeito de sua nova vida em Cristo Jesus.
Na sua morte, Jesus pagou o preço pelo nosso pecado e em sua ressurreição, Ele conquistou a vida por nós. Usando as palavras do apóstolo Paulo: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Romanos 6.5).
Assim, eu e você, na ressurreição de Jesus, também ressuscitamos. Portanto, algo passa a ser diferente na minha e na sua vida, quando consideramos atentamente o que isto significa. Por isso, é tão importante refletir a respeito da nosso novo estado de vida, como ressurretos em Cristo.
Neste capítulo da carta aos Romanos, Paulo pontua a respeito das implicações da ressurreição na nossa vida. Ele, dentre outras coisas, diz o seguinte: “...a morte já não tem domínio” (verso 9). Isto aponta para um novo estado de liberdade que temos.
Antes, quando dominados pelo poder da morte que veio ao mundo por meio do pecado, não conseguíamos nos voltar para Deus. Mas, agora, libertos do domínio da morte, nos foi dado o acesso a Deus, por meio de Jesus. Por isso, Paulo também diz: “...considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus” (verso 11).
Uma consequência deste novo estado do cristão diante de Deus, implica em uma entrega consciente, voluntária e determinada a Deus: “...oferecei-vos a Deus como ressurretos dentre os mortos” (verso 13).
É uma contradição de termos cristãos verdadeiramente ressurretos em Cristo que ainda se permitam dominar por determinado modelo de vida marcado pelo pecado. A consciência da ressurreição deveria nos fazer correr determinadamente à uma entrega total ao Senhor e à sua vontade.
Crentes que sentem amor pelas coisas do mundo e dificuldade para o exercício de uma fé vibrante e apegada precisam voltar ao túmulo vazio e pedir que os efeitos da ressurreição se reproduzam em sua vida de forma eficaz.
Com sua ressurreição, Jesus nos legou um modelo existencial baseado na abundância de vida. Não se trata de uma opção pessoal, mas uma convocação para viver como ressurretos! Aleluia!