Autor: Rev. José Maurício Passos Nepomuceno
Cerca de 750 anos antes, Isaías anunciou a vinda do Messias, dando-nos conta de que seria o resgatador do povo da aliança, anunciando-nos um novo tempo (Is 9.1-7). Esmerou-se em nos apresentar o grande poder do Espírito de Deus que agiria através do Messias, conferindo-lhe graça e sabedoria para conduzir os seus filhos pelo caminho seguro da paz (Is 11.2-5; 61.1-3).
Dentre as tantas e importantes menções proféticas ao Messias, uma se destaca pela descrição da grande dor que o Escolhido de Deus sofreria. Trata-se do capítulo 53 da profecia, que apresenta os sofrimentos do Messias: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3a). Diante destas descrições tão detalhadas e do seu cumprimento nos dias da vida de Jesus Cristo de Nazaré, resta-nos fazer uma pergunta: “O que movia Jesus de Nazaré a enfrentar caminho tão amargo?”
Parte da resposta podemos extrair do texto: “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua vida alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho da sua alma e ficará satisfeito; o meu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Is 53.10-11).
Destaco dois aspectos da motivação de Jesus para seguir até a cruz, o seu amargo destino. Primeiro, Ele sabia que cumpria a vontade de Deus: “A vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”. Não lhe importava que a vontade de Deus incluía o fato de ser transpassado pelas transgressões dos homens e moído em sua alma. Cumprir a vontade de seu Pai era razão suficiente para seguir em frente.
Mas Ele também tinha uma percepção clara de que sua vida era instrumento para a salvação dos pecadores: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma”. Jesus caminhou sem vacilar na direção do Gólgota, porque sabia que o fruto do seu trabalho traria graça sobre a nossa vida. Em resumo, amar a Deus, a você e a mim o motivou a trilhar o mais escuro caminho de dor.
Estas mesmas coisas motivam você? O fruto da sua vida está atrelado a quais fatores? O que realmente concita você a agir no Reino de Cristo? Um amor maior e mais elevado deve agir em seu coração para que ele verdadeiramente frutifique.
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